segunda-feira, 17 de junho de 2013

Serra Negra - Bezerros

Serra Negra é um povoado que fica a pouco mais de 9km do centro de Bezerros. O caminho se dá por uma estrada que começa pouco depois da ponte da ferrovia e mescla trechos de terra com trechos de paralepípedos.
Durante o caminho, observamos algumas serras e grandes pedras esculpidas pelo tempo, que embelezam e impressionam os viajantes.
O povoado ainda não é tão conhecido, mas a especulação imobiliária elevou muito o valor das terras da região. Observamos muitas casas de campo e pequenos sítios de fins de semana.
Estrada de acesso ao povoado de Serra Negra
Em pouco mais de 10 minutos, chegamos ao tranquilo povoado, que tem algumas casas adaptadas para pequenos restaurantes e a pequena Igreja de São Francisco Xavier. No frontispício consta a data de sua fundação, 1949.

Segundo os moradores, a Igreja só abre para casamentos ou uma vez por mês para uma missa. Na frente dela tem uma pequena lagoa formada pela água da chuva que se acumula na pedra.
A menos de 1 km da Igreja, fica o Pólo de Eventos de Serra Negra. Nesse local, há um teatro ao ar livre que também serve como mirante. A vista é deslumbrante.

No pólo ainda há um bom restaurante que proporciona, além de boa comida e bom atendimento, degustar uma boa cerveja ou um bom vinho, a depender da temperatura do dia, curtindo a vista.
Também há um centro de artesanato, onde encontramos vários itens da cultura local, sobretudo os relacionados aos Papangus, além de informações turísticas da região.
Igreja de São Francisco Xavier; Mirante do Pólo.
Visitamos o Parque Ecológico de Serra Negra, que fica a uns 5 minutos do Pólo de Eventos. A estrada requer cuidado, mas dá pra chegar tranquilo.
Nosso guia foi o Seu João, dono do Sítio da Pedra Solta, onde nos hospedamos. Ele nos contava as estórias de cada atrativo do parque com um jeito que só ele sabe fazer. 
Caminhamos pelo parque, passando pela Gruta do Amor, a Porta do Vento (é muito vento mesmo), a Pedra Cortada (só vendo pra crer), Pau do Santo Casamenteiro (disse ele que as mulheres tem de abraçar e beijar a árvore, e, em alguns meses já casam), o Mirante do Gravatá Amarelo, o Mirante da Escada (tem uma escada para chegar em cima da pedra), e o Mirante da Carambola (devido à pedra no local ter esse formato).
Na frente do parque tem o Bar do Seu. Tota, onde aproveitamos pra comprar uma água mineral.
Parque Ecológico de Serra Negra
O sol já estava se pondo, mas o Seu João fez questão de nos mostrar o mirante do cruzeiro, outro local de rara beleza, de onde tivemos uma vista privilegiada do Parque Ecológico e de parte dos limites de Bezerros com outros municípios.
O vento constante e a vegetação nos chamaram atenção nesse lugar.
Casa-de-farinha; Pôr-do-sol; Vista do Parque Ecológico; Mirante do Cruzeiro.

No nosso segundo e último dia em Serra Negra, acordamos cedo e, após um café da manhã reforçado, servido pela Dona Maria da Paz ouvindo mais estórias do Seu João e cercados de Saguis, partimos em direção à Caverna do Deda.
A entrada para a estrada de acesso à Caverna fica a 3km da Igreja de São Francisco Xavier, seguindo pela estrada para Bezerros. O acesso para a Caverna é sinalizado precariamente, demandando atenção dos visitantes. A estrada tem trechos complicados. Em alguns só passa um carro e será sempre em primeira ou segunda marchas. Um carro 1.0 chega lá, mas recomendo um 1.4 no mínimo.

Passamos por duas porteiras e em cerca de meia hora ou mais, chegamos no final da estrada. O carro fica estacionado a uns 500 metros da caverna. 
A Caverna do Deda e seus Mirantes.
Um garoto chamado Jonas fica na porteira para receber a entrada que custa R$ 2,00. Ele, é bem sério, mas nos foi muito prestativo e nos indicou o caminho a seguir na caverna e no restante da trilha. Ainda nos mostrou a pedra onde se faz rapel por lá, mas o dever o chamou e ele teve de voltar à porteira.
A vista é maravilhosa. Embora estivesse muito quente e a região que é agreste com cara de sertão, a vontade de passar horas contemplando aquilo era enorme.
Quando saímos o Jonas estava lá no seu posto, como guardião da entrada da caverna que leva o nome do seu avô.

Trilha da Caverna do Deda.

Como disse anteriormente, ficamos no Sítio da Pedra Solta. Lugar agradável e bem caseiro. Seu João e Dona Maria da Paz fazem questão de que o hóspede se sinta em casa.
O Sítio tem opção de Camping, e é muito procurado para isso, e apartamentos. Para acampar, é necessário levar barraca, é cada lugar melhor que o outro. Nos apartamentos têm três camas de solteiro e uma de casal, além de TV, Ventilador e Banheiro, e ficam em cima de uma pedra. Bem legal.
No terraço da casa de Seu João e Dona Da Paz, são servidas as refeições e, curiosamente, de uma parede aparece uma pedra enorme. De lá aparecem os Saguis pela manhã e tem os pés de jabuticaba, mas não tivemos sorte de ver nenhuma fruta em razão da época de seca.
Dona Maria da Paz é sempre muito atenciosa e não deixa faltar nada nas refeições e Seu João é uma atração à parte. Nos levou para conhecer o sítio e contou várias histórias sobre o lugar, além de várias piadas.
Á noite ele nos levou à Pedra Solta e ao Mirante da Lua Cheia. Dá pra ver Gravatá e as turbinas eólicas acesas. O friozinho super agradável e alguns seres interessantes como um pequeno besourinho com os olhos brilhantes que parecia um fusquinha com os faróis acesos.
Ainda vimos o chuveiro estrategicamente colocado no meio da mata para refrescar após uma das dezenas de trilhas.

Sítio da Pedra Solta.
No site do Sítio da Pedra Solta têm várias informações para o visitante. Foi elaborado pelo João Bosco, filho mais novo do casal e que também foi o idealizador das placas de sinalização turística em Serra Negra e em Bezerros. Tivemos o prazer de conhecê-lo no sítio e ainda fomos apresentados às suas pinturas que ficam expostas na casa.

Como chegar em Serra Negra:
O Site do Sítio da Pedra Solda disponibiliza alguns mapas para o visitante encontrar facilmente do caminho:
-> http://www.sitiodapedrasolta.com/p/acesso.html

Onde ficar em Serra Negra:
-> SÍTIO DA PEDRA SOLTA - http://www.sitiodapedrasolta.com - (81) 3728-2022
-> CANTO DA SERRA - http://www.cantodaserra.tur.br - (55) (81) 9955-4456 / (55) (81) 3708-3070 
-> PARADOR AYATANA - www.paradorayatana.blogspot.com  - (81) 9666-8222
Passeios em Serra Negra:-> LAURENTUR RECEPTIVO - http://laurentur.com.br - (81) 3728.0893 / 9623.7518 / 8786.6885
 
Histórico:
"Serra Negra, seu nome tem duas versões, uma historicamente comprovada que é a origem da expressa dos colonizadores do Norte, que, passando pelo rio Capibaribe, situavam-se geograficamente com “aquela serra negra”, que vista de longe, apresenta-se de cor escura, passando a ser marco de orientação aos viajantes; a outra, tendendo mais para o lado da lenda, da imaginação popular, referindo-se a uma escrava que, fugindo da perseguição do seu senhor, pulou do penhasco ali existente, sendo fugitiva, seria alcançada facilmente pelo Capitão do Mato, o que faria nascer outra versão, a qual teria sido estuprada e morta pelo perseguidor, e seu corpo, sacudido no penhasco. Tudo sem fundamento histórico.
A Serra Negra faz parte do maciço da Borborema, possuindo terra fértil, o que determina uma agricultura diversificada, do café – que já fez época -, até às de subsistência, como mandioca, tomate, frutas diversas, flores, e sendo o maior produtor de mel de abelha do estado, de internacional prestígio."
Fonte: MAIOR, Ronaldo J. Souto. Bezerros Seus Fatos e Sua Gente. Recife: Ed. Do Autor, 2005.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Bezerros

Bezerros é conhecido pelo seu carnaval com os famosos Papangus e pelas belas paisagens do povoado de Serra Negra.
A cidade fica a cerca de 111 km do Recife. Normalmente se leva 1 hora e 40 minutos pra se chegar lá, pela BR-232. A rodovia tem muito tráfego na Região Metropolitana, o que leva seu estado de conservação a ser regular. Mas após Jaboatão dos Guararapes, a rodovia melhora muito, mas requer cuidado com a velocidade.
Carnaval dos Papangus de Bezerros
No carnaval, já havíamos visitado a cidade para conferir os famosos papangus, e, ficamos entusiasmados com a animação, as fantasias muito bem elaboradas, a tranquilidade, a organização e muita gente bonita.
1º Centro de Artesanato de Pernambuco - Bezerros - BR-232.
Ao chegar a Bezerros, fomos visitar primeiramente o 1º Centro de Artesanato de Pernambuco, as margens da BR-232, sentido Recife. O local possui um museu, com obras de artistas pernambucanos de vários municípios e também uma área com artesanato para venda. O acesso ao museu é pago, cerca de R$ 2,00. A visita é guiada e vale a pena! Na parte de exposição e venda de artesanato a entrada não é paga.
Museu da Xilogravura de J. Borges e Casa da Xilogravura.
Pouco depois do Centro de Artesanato, visitamos o Museu da Xilogravura de J.Borges, o mais famoso artista do gênero. Aproveitamos para comprar alguns itens com xilogravuras numa lojinha próxima.
Igreja e Praças de N. Sra. da Conceição; Igreja e Praça de São Sebastião; Praça Alcides Lima.
Seguimos para o centro de Bezerros. Passamos pela Igreja de Nossa Senhora da Conceição, que fica na Praça Imaculada Conceição, entre as ruas de Santa Cruz e Padre Ciriaco, depois pela Igreja e Praça de São Sebastião que ficam na Rua Professor Amaral, por onde desfilam os famosos Papangus no Carnaval.
Passamos pela Praça Alcides Lima e chegamos ao centro administrativo da cidade.
Prefeitura; Igreja Matriz; Praça Narciso Lima.

No centro da cidade, há alguns imóveis com arquitetura de época, com destaque para a Prefeitura de Bezerros e outros que parecem também fazer parte da administração municipal. 
Duas praças compõem o cenário. A Duque de Caxias, em frente à Prefeitura e a Narciso Lima, onde se localiza a Igreja Matriz.

Secretaria de Turismo; Casario; Igreja do Rosário
Próximo à Igreja Matriz, há alguns imóveis com arquitetura de época, incluindo a Secretaria de Turismo.
Seguimos pela Rua Cel. João Pessoa, até chegarmos à Capela de Nossa Senhora do Rosário, junto ao Cemitério.
Ponte Ferroviária sobre o rio Ipojuca no centro de Bezerros.
Atravessamos a cidade no sentido leste, chegando a ponte de Ferro por onde os trens, vindos de Recife e de Caruaru cruzavam o rio Ipojuca.
Para nossa surpresa, mesmo após as cheias de 2010, toda a estrutura da ponte se encontra de pé, embora as águas da enchente daquele ano tenham levado parte da margem, deixando os trilhos após a ponte, totalmente pendurados. A resistência das obras dos Ingleses da Great Western são de dar inveja as obras rodoviárias atuais. Em muitos lugares por onde passamos, observamos como os trilhos e pontes de ferro resistem bravamente ao tempo, mesmo sem manutenção. Enquanto pontes em várias rodovias são levadas nas mais diversas épocas por rios em suas cheias.
Estação Ferroviária de Bezerros
Seguimos a linha do trem e chegamos a Estação Ferroviária de Bezerros. O edifício se encontra em certo ponto bem conservado. Soubemos que foi um centro cultural, mas está desativado. O pátio da estação possui três linhas de trilhos, dando uma ideia de que três veículos poderiam lá estar ao mesmo tempo. Há duas plataformas de embarque e desembarque. Enquanto um trem seguiria para Caruaru, outro poderia estar seguindo para Recife e mais um poderia passar entre os dois em qualquer sentido.
Ruas do Centro de Bezerros
A região comercial da cidade é relativamente desenvolvida. Há muitas lojas, escritórios e consultórios, além de Hotéis e Restaurantes.

Histórico de Bezerros:

A origem de Bezerros data de 1740. Nessa época foi implantado um grande comércio de gado, iniciando o povoamento do local. Algumas versões da história de Bezerros tentam explicar o nome da cidade. A primeira diz respeito ao sobrenome da família Bezerra, que foi a primeira proprietária das terras. A segunda diz que o local foi, primitivamente, uma queimada de bezerros. A terceira conta que um dos filhos da família Bezerra se perdeu na reserva florestal, tendo sido feita uma promessa a São José, sendo a criança encontrada com vida, ao pé de frondosa árvore onde foi erguida uma Capela sob a invocação de São José dos Bezerros. O município é formado pelos distritos sede, Sapucarana e Boas Novas e pelos povoados de Serra Negra, Sítio dos Remédios, Cajazeiras e Areias. Anualmente, no dia 18 de maio Bezerros comemora a sua emancipação política. O padroeiro da cidade é São José.
Fonte: Wikipedia.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Pombos

Pombos fica a cerca de 59 km do Recife. O acesso se dá pela BR-232 e leva cerca de 1 hora, em média para se chegar lá partindo-se da capital pernambucana.
A cidade é relativamente pequena em comparação as outras cidades entre Recife e Caruaru. Logo ao se aproximar, pudemos observar o Cristo Redentor que fica de frente para a sede do município.
Imagens da Praça João Pessoa, Mercadinho e Cristo Redentor visto da BR-232.
Entramos na cidade em um sábado de feira. Portanto, ficou complicado de registrar boas imagens. Fora do centro, nos pareceu ser uma cidade bem tranquila.
Acima, imoveis antigos. Abaixo, Igreja de Nossa Senhora dos Impossiveis.
A Igreja Matriz tem traços mais modernos e observamos algumas edificações de época.
Como nosso objetivo era outro município nesse dia, não andamos muito pela cidade, o que faremos em breve.
Antiga Estação Ferroviaria de Pombos (Foto: Projeto Memoria Ferroviária de Pernambuco)
Como em várias cidades do interior Pernambucano e do próprio Brasil, a Estação Ferroviária foi fundamental para o crescimento da cidade.
A estação do então povoado de São João dos Pombos, foi construída pela Great Western do Brasil, fazendo parte da linha Estrada de Ferro Central de Pernambuco em 1886. Se chamava inicialmente de Francisco Glicério.
Com a saída dos Ingleses, a EFCP passou para a RFN e depois para a RFFSA, deixando de ter trens de passageiros em 1983, e, depois do Trem do Forró não fazer mais o trecho Recife-Caruaru, a linha, que é Tombada, foi abandonada. A estação atualmente funciona como oficina. Embora seja melhor do que estar abandonada, não é o uso apropriado para uma edificação com tamanha importância histórica.

Histórico da Cidade:

A ocupação desta região remonta ao século XVIII.   Os irmãos José Manoel de Melo e Manoel Gomes de Assunção, proprietários dos primeiros engenhos no local, construiram algumas casas nas margens do rio Água Azul. O povoado foi Chanado de Tubibas. Posteriormente foi comprado pelo padre Galdino Soares Pimentel, que juntamente com os habitantes, construiu capela dedicada a Nossa Senhora dos Impossíveis.   A presença de pombos selvagens, do tipo Tubira, era constante na fauna local. Era comum a caça a estes animais, sobretudo dos moradores da Cidade do Braga (hoje Vitória de Santo Antão). Após a caça, os caçadores diziam: “Fizemos o São João nos pombos”. Isto fez com que o povoado passasse a ser denominado oficialmente São João nos Pombos, e finalmente, Pombos.   O distrito foi criado com a denominação de Pombos, pela lei municipal nº 168, de 15 de junho de 1908, criados também pela lei municipal nº 192, de 16 de maio de 1914. Pertencia ao município de Vitória de Santo Antão. Foi elevado à categoria de município pela lei estadual nº 4989, de 20 de dezembro de 1963.

Turismo:

Na cidade acontece uma festa em homenagem aos produtores de abacaxi, a Festa do Abacaxi, que acontece todos os anos no mês de outubro.   Além disto, destacam-se os festejos populares de Carnaval e de São João. Durante esses eventos, as ruas da cidade contam com grupos folclóricos da região que apresentam espetáculos de maracatus, bumba-meu-boi, ciranda, bacarmateiros e de quadrilhas juninas.   Anualmente, a festa de aniversário de Pombos acontece no dia 11 de dezembro, com diversas atrações musicais.

Fonte: Prefeitura Municipal de Pombos / Wikipedia