sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Exu

Terra do Pernambucano que cantava sobre a vida do sertanejo, Exu fica na região noroeste de Pernambuco, conhecida como Sertão do Araripe, à cerca de 618 km do Recife, pouco mais de 8 horas de viagem de carro. Chegamos na cidade à partir de Salgueiro, através da rodovia PE-507, em bom estado.
A vantagem de ir pela PE-507 foi que vimos as placas de sinalização da Fazenda Araripe, local onde Luiz Gonzaga morou com os pais e a partir de onde iniciou sua História.
Monumento; Casa do Barão do Exu ;Igreja de São João Batista do Araripe;
Quem viu o filme sobre Gonzaga, já tem uma ideia do mundo em que ele viveu na juventude, mas somente chegando lá na Fazenda Araripe, observando a caatinga que rodeia o povoado e levando em conta que não haviam estradas como hoje, dá pra sentir um pouco da dificuldade que seria pra qualquer um nos anos 40 do século passado, sair dali pra chega em qualquer grande centro da época.
Casas onde morou Januário; Casa-Grande Vila Marilza
A construção mais recente é o monumento no centro do povoado em homenagem ao Rei do Baião, mas ainda tem a casa do Barão do Exu, a Igreja de São João Batista, construída por ele, as casas onde morou Januário, pai de Luiz Gonzaga, o Casarão de Bárbara de Alencar - Museu, e a escola construída por Luiz Gonzaga, dentre outras construções.
Segunda casa de Januário; Portal de Exu; Placa na entrada da Fazenda Araripe

A cidade de Exu fica a alguns quilômetros da Fazenda Araripe. Um portal com uma justa homenagem a Gonzagão está sendo construído.
Um pouco antes da entrada da cidade fica o Parque Luiz Gonzaga. Lá, ficam o Museu do Gonzagão, as últimas casas de Januário e de Luiz Gonzaga, o Mausoléu construído por Gonzaguinha para o pai e para o avô.

Parque Luiz Gonzaga; Juazeiros; Pousada; Casa de Januário.
O terreno do parque pertenceu a Luiz Gonzaga, que lá fez sua casa e uma casa para Januário, além de pousadas para os amigos e cantores que lá chegavam para visitá-lo.
Com a morte de Gonzaga e posteriormente de Gonzaguinha, a área ficou para a outra filha, Rita, que vendeu sem ter noção do que tudo representava. Felizmente o dono posterior preservou a área e criou o parque.
Mausoléu do Gonzagão
Os locais mais visitados são o Mausoléu, o Museu e a Casa do Rei do Baião que está totalmente preservada como na época em que ele vivia lá. É possível ver todos os cômodos com os móveis da casa construída para ele passar o resto da vida quando voltou do Rio de Janeiro.
Casa do rei do baião.
Impressionou a diversidade de locais de onde chegavam visitantes para o parque. Desde capitais da região como cidades de outras regiões.
Igreja do Bom Jesus dos Aflitos; Câmara Municipal e Prefeitura.
A cidade de Exu não é tão tranquila como as próximas, talvez pela quantidade de visitantes. Mas tem uma bela Igreja e alguns prédios públicos bem conservados, como os da Câmara Municipal  o da Prefeitura.
Vista da Chapada do Araripe.

O território do Município de Exu também é privilegiado pela natureza. A beleza da Chapada do Araripe pode ser vista de longe. A cidade nasceu junto à Chapada, mas a erosão foi determinante para a mudança de lugar, uma vez que aos poucos as casas passaram a ser engolidas pela terra.


Histórico
A região onde se situa o município era primitivamente habitada pelos índios Ançus, do tronco dos Cariris. A região foi ocupada por fazendas de gado no início do século XVIII, tendo à frente Leonel de Alencar Rego e posteriormente seu filho Joaquim Pereira de Alencar. Após a ocupação, missões jesuíticas viveram na região, onde construíram a capela de Bom Jesus dos Aflitos. Em 1734, foi criada a freguesia do Senhor Bom Jesus dos Aflitos de Exu. O município foi instalado em 7 de junho de 1885, passando a autônomo em 9 de julho de 1893, em face a lei n. 52, de 3 de agosto de 1892. O primeiro prefeito foi Manoel da Silva Parente. O município foi supresso em 1895 e restaurado 1907, com a denominação de Novo Exu. Pelo decreto-lei estadual n 235, de 9 de dezembro de 1938, o município de Novo Exu passou a denominar-se Exu.
Passou por uma grave crise no século XX devido a lutas políticas entre três famílias: Alencar, Sampaio e Saraiva, o que provocou o atraso da cidade em relação a outras da região, como Araripina, Ouricuri e Salgueiro. Procurou reconquistar o espaço novamente na Microrregião de Araripina com a cultura (sem sucesso), através de artistas como Luiz Gonzaga, oriundo de Exu.
A cidade está localizada no Polígono da Seca e abriga um museu em homenagem ao seu filho mais ilustre, Luiz Gonzaga.
Segundo o IBGE, há duas versões prováveis para o nome do município. A primeira é que seja uma corruptela de Ançu, uma tribo índigena que habitava o entorno. Outra, é que o nome tenha vindo da abelha enxu (inxu), muito comum na região à época. Há que se notar que dificilmente as origens do nome sejam no orixá homônimo, haja vista que à altura da fundação da vila, criada por colonos, apenas indígenas habitavam o local.
Deve-se considerar que devido a influência dos cristãos-novos (muito abundantes em Pernambuco naquela época) o nome da freguesia "Aflitos de Exu" pode aludir à aflição que os marranos sentiam por serem perseguidos pelo Tribunal do Santo Ofício que os perseguiu desde Espanha e Portugal até ao Brasil. Para fugir da Inquisição aqueles marranos buscaram se instalar cada vez mais no interior de Pernambuco. Ieshu (ou IEXU em português) é uma palavra hebraica (a lingua dos marranos pernambucanos) e significa Jesus.
Fonte: Wikipédia

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Moreilândia

Moreilândia fica a cerca de 50 km de Serrita. A rodovia, que está em regular estado de conservação, deve ser bem movimentada, uma vez que é o acesso mais rápido das capitais do Sul do Nordeste para Juazeiro do Norte e Fortaleza.
A cidade tem ruas largas e calçadas, uma bela Igreja Matriz e uma pracinha bem aconchegante.
Portal na PE-507; Igreja de Santa Terezinha do Menino Jesus; Praça e Imagem de Santa Terezinha; Rua.
Demos uma volta rápida pela cidade que estava bem calma num sábado. Não observamos movimentação de feira naquele dia.
Como não havíamos planejado visitar a cidade naquele dia, somente depois descobrimos sua origem, que foi a partir do Sitio dos Moreiras, que foi o nome anterior do município.
Fórum de Moreilândia; Ruas; Cristo Redentor na entrada da cidade.
A religiosidade está sempre presente nas cidades pernambucanas, sobretudo nas sertanejas. Sempre há uma imagem do Padre Cícero, do Cristo ou do Santo padroeiro da cidade em Praças ou nas entradas delas.

Histórico de Moreilândia:

"Durante a grande seca de 1877, vários agricultores do Ceará deixaram suas terras em busca de locais onde houvesse água para consumo humano e dessedentação animal. Foi o caso de Claudiano Alves Moreira, que veio de Iguatu, no Ceará, com sua família e rebanho. Dirigia-se provavelmente ao vale do Rio São Francisco. Entretanto, ao atravessar o sertão pernambucano, encontrou uma região desocupada, pertencenta à paróquia de Granito (Pernambuco), onde as terras eram férteis. Ao cruzar um riacho, observou poços d'água, o que o fez supor a existência de água subterrânea acessível, o que foi confirmado. Estabeleceram-se no local e foram seus primeiros habitantes. Cultivaram um sítio de frutíferas, que se desenvolveu bem. Logo o local passou a ser chamado Sítio dos Moreira.
A região se prestava a atividades agro-pecuárias e foi se desenvolvendo a partir desta atividade. A primeira igreja foi construída por José Alves Lopes, dedicada a Santa Terezinha e concluída em 1930. A primeira feira livre ocorreu em 1935.
O distrito foi criado em 10 de Maio de 1957, desmembrado do distrito de Carimirim, subordinado ao município de Serrita. Pela lei estadual nº 4.965, de 20 de dezembro de 1963, foi constituído em município autônomo e foi instalado em 19 de Maio de 1964.
Conforme a lei orgânica municipal foi realizado, em 31 de maio de 1991, um plebiscito visando a mudança do nome do município. A lei municipal nº 84/91, homologou a vontade popular mudando o nome de Sítio dos Moreiras para Moreilândia.
Atualmente é constituído de 2 distritos: Moreilândia e Carimirim."

Fonte: Wikipédia

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Serrita

Serrita fica a cerca de 27 km de Salgueiro. O acesso é feito pela BR-232, sentido Oeste e PE-507, recém reconstruída, porém perigosa, devido aos barrancos e açudes junto à rodovia.
Portal na PE-507; Capela da Vila do Vaqueiro; Estátua do Vaqueiro Raimundo Jacó; Estátua do Padre Cícero.
Logo na entrada da cidade, encontramos a estátua do Vaqueiro Raimundo Jacó e a Estátua do Padre Cícero.
Praça e Fórum; Antigo Casarão.
A cidade de Serrita foi uma grande surpresa para nós. Limpa, com prédios públicos e residências bem cuidados, nos deu uma sensação de um lugar bem tranquilo e aconchegante.
Atual Prefeitura Municipal de Serrita; Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição.
Nós paramos próximo à prefeitura, na frente da casa de uma simpática Senhora, que como todo sertanejo, foi muito atenciosa e, juntamente com sua filha, começou a falar sobre a cidade.
Sua filha contou rapidamente fatos sobre Serrita e nos recomendou visitar o povoado de Ipueira, que tinha uma História bem interessante envolvendo Lampião, da qual falo mais à diante, bem como visitássemos Exu, cidade de Luiz Gonzaga e Juazeiro do Norte, já no Ceará.
Ela realmente nos deixou empolgados e seguimos seu conselho, logo após realizarmos várias fotografias do centro de Serrita.
Antiga Prefeitura; Centro Cultural Mansueto de Lavor.

As simpáticas senhoras nos informaram que o primeiro andar da antiga sede da prefeitura havia caído, conforme se observa na imagem acima.
Os prédios públicos têm as cores oficiais do município, como o grandioso Centro Cultural que leva o nome do Senador Mansueto de Lavor, falecido nos anos 80.

Estádio Ferreirão; CAE - Centro de Atividades Econômicas.
Na PE-507, sentido Moreilândia e Granito, passamos pelo Estádio Municipal Ferreirão e pelo Centro de Atividades Econômicas.
Capela de São José / Povoado de Ipueira.

Ipueira é um pequeno povoado, distrito de Serrita, que fica às margens da PE-507, onde em 1927 ocorreu um episódio envolvendo o Bando de Lampião e a Família Xavier, dona das terras da região.
Virgulino Ferreira, o Lampião, que até então possuía relação amistosa com os Xavier, resolve naquele ano atacar a fazenda.

O patriarca, Coronel Pedro Xavier, ao tentar voltar do povoado para a fazenda, sofre um ataque de asma e cai, dando a impressão a seus filhos e demais defensores da casa grande que havia sido atingido. Seu filho Dezim Xavier, que foi o primeiro a responder ao ataque de Lampião, fez a única vítima do confronto, o cangaceiro "Musqueiro" (alguns se referem ao mesmo como "Tempero").
Lampião desistiu e se retirou. Musqueiro foi pendurado pelos cabelos em um Juazeiro, mas à pedido da cunhada, o Coronel Pedro Xavier mandou enterrá-lo na baixa da ladeira próximo à casa grande, ficando o local conhecido como "Baixa do Musqueiro".
Sobre o fato nos foi recomendado o livro: "A Saga de Ipueiras, da escritora Maria do Socorro Cardoso Xavier".

Histórico de Serrita:

"Serrita fazia parte do antigo município de salgueiro do qual se destacou em 1928, constituindo-se e primeira chegada por vários familiares cearenses, vindo do vale do Cariri, os quais vinham se localizando nestas zonas e aqui formando núcleo de populações rurais. 
Serrita originou-se do nome de Serrinha, em virtude de uma pequena Serra ou Serrote do Cruzeiro, distante um (01) Km. da sede. 
Serrinha hoje é Serrita em virtude dos dispositivos contidos no Decreto Lei n° 952, de 31 de dezembro de 1934, que estabeleceu a divisão territorial judiciária administrativa do estado, vigorando no quinquênio 1944-49, no qual a Comarca de Serrita, com termo único, de igual número desmembrando da Comarca de 
Salgueiro. 
Não existia Tribos Indígenas no município, ignorando-se qualquer habitante que estivera nesta região antes do devastamento. 
Com as famílias cearenses, negros vieram tomando parte do devastamento do município, sem elemento de valor no devastamento da terra. 
Os negros que constituíram elementos de real valor no devastamento da terra, provinham do Vale do Cariri no Estado do Ceará, isto se deu no Século XVIII, não é possível mencionar e data certa. Sabe-se que o primeiro habitante da sede foi MIGUEL TORQUATO DE BULHÕES, cearense que aqui construiu a primeira casa. 
Os primeiros edificadores construíram uma Capelinha Católica à Nossa Senhora da Conceição. onde veio o Padre de Salgueiro, vez por outra aparecia em desabrigo. 
A cidade de Serrita foi fundada em 1898, pelo Cel. Romão Pereira Fìlgueira Sampaio, cidadão que se instalara com as graças do Governo Estadual do seu tempo. 
Serrita foi elevada a município no dia 11 de setembro de 1928 pela Lei n° 1931, sendo extinta. A mesma foi restaurada em 01 de julho de 1934 por Decreto Lei n° 314 de 27 de junho de 1934. 
Na data de sua emancipação Política, era Governador do Estado Dr. Estácio de Albuquerque Coimbra. 
O território atual do município pertencia a diversos município como: Salgueiro, Parnamirim, Bodocó e Exu, dos quais foram desmembrados para constituir-se autônomo daí então seguir seu destino. 
A Legislação que criou os Distrito tem data do ano de 1928, ou seja, os seguintes distritos: Sede, Ipueira e Orí. 
A freqüência foi criada em 1920. sob a Invocação de Padroeira Nossa Senhora da Conceição, sendo seu Primeiro Vigário o Padre Dr. Alfredo Guido Del Piazzo."
Fonte: Prefeitura Municipal de Serrita.