sábado, 29 de dezembro de 2012

São José da Coroa Grande

São José da Coroa Grande é o último município do litoral sul de Pernambuco, fazendo fronteira com Alagoas. Fica a 120km do Recife e fica às margens da PE-060.
A principal praia de São José fica no centro da cidade, próxima à Igreja, à Praça e à Prefeitura.
São José possui pousadas e casas para alugar por temporada, além de bares e restaurantes, mas não recomendamos O CASTELINHO, que fica ao lado da Igreja, junto da praia, o atendimento é péssimo há anos!
Praça; Igreja Matriz de São José; Praia de São José; Pracinha; e, Capela do Santuário da Mãe Rainha. (Fotos: Daniel Araujo)
A cidade é composta de muitas casas de veraneio e fica lotada nos finais de semana e feriados.
Capelinha na estrada para Abreu e Várzea do Una; Igreja de São Sebastião em Abreu do Una e Pracinha com TV. (Fotos: Daniel Araujo)
Ao norte da cidade de São José, chegamos ao distrito de Abreu do Una, após 7km de estrada de barro, e fomos recompensados com a Praia de Gravatá, escondida e separada do Abreu pelo imenso manguezal. 
Para chegar lá, deixamos o carro em um bar no Abreu e fomos caminhando por uma trilha por dentro do mangue. Uma pontezinha de madeira bem comprida leva à praia.
Manguezal e trilha para a praia de Gravatá. (Fotos: Daniel Araujo)
A praia de Gravatá não é muito frequentada, uma vez que é desconhecida da população das outras cidades, o que a deixa tranquila e quase deserta.
Praia de Gravatá - Vista de São José ao Sul e vista de Várzea do Una ao Norte. (Fotos: Daniel Araujo)
Cerca de 3km ao norte, seguindo pela mesma estrada de barro, chegamos a Várzea do Una, que é um distrito maior que Abreu e onde pudemos visitar o Museu do Una (www.museudouna.com.br/). A entrada é R$ 2,00 e o pequeno acervo conta muito da História da Região de Barreiros e São José. Em breve, será inaugurado um observatório, o qual aparece na foto abaixo.
Mapa litorâneo; Clube Bola de Ouro; Igreja de São Sebastião e Casa Paroquial de Várzea do Una; Museu do Una  e Locomotiva da Usina Central de Barreiros. (Fotos: Daniel Araujo)
Poucos locais que visitamos possuem sinalização turística, como Várzea do Una.
Lá há alguns bares muito frequentados e passeios para a Praia de Várzea do Una. Devido ao horário, acabamos sem ir até lá, dessa vez.
No estuário do Rio Una, em frente ao Museu, ainda dá pra ver resquícios da enchente de 2010. Muitos pedaços de árvores carregadas pelas águas na época.
Uma curiosidade: Na região de Várzea do Una, foram feitas várias cenas da novela A Indomada da Rede Globo.
Mapa Turístico de Várzea do Una; Estuário do Rio Una; e, Vista da Foz do Una e da praia. (Fotos: Daniel Araujo)

História:

Nas suas origens o Município de São José da Coroa Grande esteve habitado pelos índios Caetés, que dedicavam-se a pesca e a agricultura, e era conhecido como Puirassú, 'Coroa Grande'. Encontraram em toda a zona um lugar ideal para instalar-se, com belas praias cheias de recifes de coral, rios e espessa vegetação.
No século XVI toda a zona foi conquistada pelos portugueses, que proporcionaram um período de resplendor em todo o território onde suas principais atividades continuavam sendo a agricultura e a pesca. Posteriormente foi invadido pelos holandeses
A princípios do século XX, ano de 1901, foi fundado o distrito de São José da Coroa Grande, que estava integrado ao município de Barreiros. No ano 1938 era conhecido como Puiraçu e não foi até meados do século XX, ano de 1958, quando estabeleceu-se como município independente, recebendo definitivamente sua atual denominação.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Tamandaré

Tamandaré é um dos mais novos municípios pernambucanos. Nasceu em 1997, desmembrado de Rio Formoso. Fica a cerca de 104 km do Recife e 30 de Sirinhaém.
Para chegar lá, seguimos pela PE-060, sentido Alagoas e, ao atravessar a Reserva Biológica de Saltinho, que praticamente cobre a rodovia, com seus bambuzais e, entramos na PE-076 até que chegamos à cidade.
PE-060, Reserva de Saltinho, próximo à entrada para Tamandaré; Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo e Casa do Artesão.
Logo ao entrar na cidade, aproveitamos para conhecer o Forte de Santo Inácio de Loyola, de 1691, que preserva boa parte de seus paredões e uma capela, além dos canhões e do Farol, construído no início do século XX. Vale a pena entrar. Ele passa boa parte do tempo aberto e a visitação é gratuita. Ótimo lugar para tirar fotos.
Seguindo a diante, passamos pela Casa do Artesão, que possui um ótimo acervo para os que adoram levar lembranças do lugar.
Forte Santo Inácio de Loyola

Forte Santo Inácio de Loyola
Na Orla principal de Tamandaré, além de bares, restaurantes e um mar belíssimo, ainda há ruínas de antigas residências e a abandonada Igreja de São José.
Casa em Ruínas; Casa Paroquial  e Igreja de São José de Botas; Praia de Tamandaré; Igreja de São Pedro na Praia de Campas
Tamandaré possui inúmeras pousadas e hotéis, além de várias casas e apartamentos para alugar por temporada. Pra conhecer, recomendo passar 3 a 4 dias, lembrando que em Janeiro e nos Feriados, a população da cidade quadriplica.
Igreja de São Pedro e Praia de Campas (Fotos: Daniel Araujo)
Por curiosidade, resolvemos pesquisar sobre e Igrejinha de Campas, atualmente denominada de Igreja de São Pedro, uma vez que fomos informamos que tempos atrás era Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, e eis que descobrimos a razão da mudança de nome em uma foto antiga dessa Igreja postada no Panorâmio por Luís Flávio Accioly que informa: "Quando da emancipação de Tamandaré em 1996, deixando de ser Distrito de Rio Formoso-PE, e passando a ser cidade, por interesses Políticos, o então Pároco o Pe. Enzo distituio (sic) o então Padroeiro de Tamandaré (Santo Inácio de Loyola), e consagrou São Pedro (Padroeiro dos Pescadores), como Patrono da cidade..."
O curioso é que no município, ainda há outras duas Igrejas em homenagem a São Pedro, a Matriz de São Pedro Apóstolo e a Nova Matriz de São Pedro.
Igreja Nova Matriz de São Pedro (Fotos: Daniel Araujo)
A Nova Igreja Matriz em traços contemporâneos, é imponente, contudo, para este que vos escreve, não tem o mesmo brilho daquelas Igrejas com traços Barrocos e Coloniais. E, porquê não restaurar a Igreja de São José e a Casa Paroquial?
Igreja de São Bemedito e Orla do Rio Formoso em Carneiros (Fotos: Daniel Araujo)
Pouco antes da cidade de Tamandaré, pode-se pegar o acesso à Praia dos Carneiros, que também leva de volta à PE-060.
Nossa visita a Carneiros se deu em uma oportunidade anterior, através de um passeio de Catamarã pelo Rio Formoso, saindo do Pier de Mariassú em Sirinhaém. A empresa que realiza esses passeios é a "Cavalo Marinho". Recomendo!
O local é lindo, as águas do Rio Formoso são claras na região e lá encontramos o único Manguezal marinho que se tem conhecimento, que cresceu nos arrecifes naturais, os quais possuem piscinas naturais de rara beleza.
Pontal dos Carneiros (Fotos: Daniel Araujo)
A praia dos Carneiros é repleta de ótimas pousadas, porém caras, e o mesmo se pode falar dos bons restaurantes. Mas vale a pena!
Pra quem gosta de ver gente bonita, Carneiros é o lugar! Nesse quesito venceu Porto de Galinhas, Boa Viagem e Tamandaré.
Compramos até pilhas alcalinas na praia! R$ 10,00 o par. A da nossa câmera descarregou durante o passeio, mas as imagens de Carneiros valeram cada centavo!

Cachoeira do Bulha - Rio Mamucadas - Reserva de Saltinho - PE-076 (foto: Madoka Kitani/Webventure)
Há ainda o gelado banho na Cachoeira do Bulha, juntinho à PE-076 no início da Reserva de Saltinho, sentido Tamandaré--PE-060.

História:

A palavra Tamandaré é de origem indígena, do vocábulo tupi "tab-moi-inda-ré", que significa o repovoador. Segundo a lenda, "o repovoador" era um pajé a quem o grande deus dos trovões, Tupã, avisou que iria exterminar os homens. Assim, quando houve o dilúvio, Tamandaré já se encontrava na arca com sua família, onde ficou até o fim das chuvas, voltando em seguida às terras secas para reiniciar o seu povoamento.
Originalmente, Tamandaré não era mais do que uma praia selvagem, quando fazia parte das terras de Una e Rio Formoso, herdadas pelo coronel João Pais Barreto IV, na segunda metade do século XVI. Foi elevada a distrito em 1905, por influência das famílias Pimentel, Amorim Salgado e Salgado Accioli, descendentes dos Pais Barreto.
Obteve a sua emancipação política em 28 de setembro de 1997, tendo como principal responsável o na época vereador e após primeiro prefeito do município Paulo Guimarães, durante o governo de Miguel Arraes, sendo prefeito do Rio Formoso José Hildo Hacker, pai do atual prefeito.
Ao contrário do que se pensa, foi o município que deu nome ao título do marquês de Tamandaré, o patrono da marinha brasileira. Em 1859, acompanhando o casal imperial em viagem ao norte do Brasil, de passagem por Pernambuco, Joaquim Marques Lisboa pediu ao imperador D. Pedro II para trazer os restos mortais de seu irmão, Manuel Marques Lisboa Pitanga, morto na Confederação do Equador, em 1824. Os despojos estavam sepultados no cemitério do pequeno porto de Tamandaré. Pelo gesto, quando o imperador resolveu fazê-lo barão, no ano seguinte, deu-lhe o título de barão de Tamandaré.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Barra de Sirinhaém

Seguindo para o litoral pela PE-61, chegamos no entroncamento com a PE-009, e, dobrando à esquerda, no distrito de Barra de Sirinhaém. 
Seguindo sempre em frente, encontramos a Igreja de São Sebastião,e, mais adiante, o Porto no Rio Sirinhaém, de onde saem os barcos para a Ilha de Sto. Aleixo, no final da pista. No distrito há pousadas e um clube, além de bares à beira-mar.
Pontal da Barra de Sirinhaém; Praia do Guaiamum ao amanhecer; e, Orla do Rio Sirinhaém. (Fotos: Daniel Araujo)
 Caminhando pela praia, dá pra observar a Ilha de Santo Aleixo e a praia de Toquinho, do outro lado do rio, pertencente ao município de Ipojuca. Vale a pena dar uma parada na orla do rio e contemplar a vista. O melhor lugar para banho é no pontal, onde o rio e o mar se encontram, na maré baixa. A depender da época, na maré baixa dá pra se caminhar até os arrecifes e ver os peixes coloridos e muitos moluscos.
Também é legal provar os caldinhos de camarão e aratu nos bares próximos à Colônia de Pescadores.
Praça e Igreja de São Sebastião; Casa de Azulejos na orla do Rio Sirinhaém; e, Porto da Barra de Sirinhaém. (Fotos: Daniel Araujo)
 Voltando à PE-009, seguindo o sentido sul, passamos pela praia do Guaiamum, onde o mar é muito agitado e chegamos à praia do Gamela, conhecida como A-Ver-O-Mar (um grande, mas inacabado loteamento iniciados nos anos 70 por um português, que deu o nome ao lugar em referência a uma praia de Portugal), onde curtimos o sol e alguns petiscos num dos bares da beira-mar. Há passeios de barco para as piscinas naturais.
Praia de Gamela/A-Ver-O-Mar; Pier de Mariassú (Fotos: Daniel Araujo); e, Capela de Nossa Senhora de Guadalupe (foto: Prefeitura Municipal)
 Mais tarde, seguimos para a última praia, a de Guadalupe, que é um verdadeiro paraíso na foz do Rio Formoso. Em Guadalupe há uma área de falésias e outra com piscinas nos bancos de areia que se formam na maré baixa. Há um bar na área de estacionamento, nas falésias. O melhor local para banho é no pontal e no rio Formoso, cerca de 5 minutos de caminhada.
Em Guadalupe há uma Capela em homenagem a Nossa Senhora. de Guadalupe, atualmente em ruínas. Não chegamos até ela, mas a avistamos durante um passeio de catamarã pelo rio.
No Pier de Mariassú, onde termina a PE-009 em Sirinhaém, há passeios de barco pelo rio e pelo mangue. Também pode-se passar um tempo no Bar do Mangue, mas o acesso é só de barco mesmo.

Praia de Guadalupe (Carneiros-Tamandaré ao fundo); e, Pontal de Guadalupe. (Fotos: Daniel Araujo)
A PE-009 originalmente nasce no Marco Zero do Recife e segue margeando as praias, contudo, por não possuir pontes sobre os rios ela apenas existe beirando as praias. Em Sirinhaém, ela começa no porto da Barra e termina no belíssimo Pier de Mariassú, uma praia fluvial no Rio Formoso, e de onde pode-se realizar passeios de barco pelo mangue ou para a praia dos Carneiros, passando pelo famoso banho de argila e pelo Bar do Mangue. Próximo ao Pier, há um ponto de apoio e estacionamento, além de um Heliporto que serve à Área de Proteção Ambiental.

Em breve atualizaremos a postagem com imagens da Ilha de Santo Aleixo.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Sirinhaem

O acesso é tranqüilo e seguro, basta pegar a BR-101 Sul, até a entrada do município do Cabo de Santo Agostinho e logo depois a PE 60 até a paisagem local, formada por mangue, rio e mar começar a desenhar o cenário paradisíaco de Sirinhaém. A beleza do local vai chamando a atenção já na chegada, na PE-060 até a beira-mar de Barra de Sirinhaém, através da PE-061 e PE-009, seu distrito litorâneo.
A arquitetura colonial, nos leva a época do domínio holandês. São Igrejas, casario, casas-grandes de engenhos, e monumentos que compõem o retrato de uma época de grande fartura.
Câmara Municipal (antiga Cadeia). Busto de Oscar da Fonte; Prefeitura; e, Cristo Redentor. (Fotos: Daniel Araujo)
Começando pela sede do município, visitamos o Jardim das Artes, um local onde são produzidas peças de artesanato em madeira pelo mestre. Logo depois, seguindo para o centro, passamos pelo recém inaugurado o Shopping Sirinhaém, pela Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição, Prefeitura, Câmara (antiga cadeia), Cristo Redentor e Igreja de São Francisco/Convento de Sto. Antônio. No caminho encontramos uma pequena capela fechada e sem informações. Próximo à entrada da cidade, já voltando, encontramos meio escondida em uma parte alta, a Capela de São Roque, a mais antiga da região.

Igreja de São Francisco e Convento de Sto. Antônio (Fotos: Daniel Araujo)
Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição; Capelinha; Capela de São Roque e seu sino. (Fotos: Daniel Araujo)
Entrando na PE-061, juntinho à entrada da cidade, seguimos para Santo Amaro, onde fotografamos a Capela de Santo Amaro, que chama atenção pelos seus arcos nas laterais, o que a deixa muito bem ventilada por dentro.
Capela de Santo Amaro (Fotos: Daniel Araujo)
Mais à diante na PE-060, sentido Rio Formoso os viajantes podem ver o Engenho Tinoco, bem conservado e com vários arcos por sobre onde passava a água que servia o engenho.
Engenho Tinoco - PE-060 (Fotos: Daniel Araujo)

Para conhecer o distrito de Ibiratinga, voltamos à PE-060 e entramos no acesso à Usina Trapiche, passando por casas de moradores do Engenho Palma, e por uma barragem no rio Sirinhaém. Aproveitamos para conhecer a vila da Usina, que mantém uma Locomotiva e uma Máquina à Vapor bem conservadas, além de um Clube, uma Capela e a bela Casa-Grande do Engenho Rosário. Funcionários da Usina, bem simpáticos nos indicaram onde estavam as máquinas para tirarmos fotos.
Usina Trapiche, Barragem no rio Timboassu; Capela, Rosário Esporte Clube, Moradias da Usina Trapiche/Engenho Rosário. (Fotos: Daniel Araujo)
A Vila da Usina Trapiche / Engenho Rosário reserva essas duas máquinas preservadas que remontam a História do lugar. Chamam a atenção dos visitantes.
Máquina a Vapor e Locomotiva antiga na Usina Trapiche (Fotos: Daniel Araujo)
Entrando propriamente na PE-064 alguns engenhos passaram despercebidos, mas no Engenho Jaguaré que fica na beira da rodovia registramos imagens da Capela e das ruínas da Casa-Grande, da qual só resta a parte de baixo da residência, onde ficava a senzala (fotografias de 1998 mostram que ainda havia parte da Casa na época).
Ruínas da Casa-Grande do Engenho Jaguaré; Capela de N.Sra. da Conceição; Igreja de Ibiratinga (Fotos: Daniel Araujo)
A PE-064 é boa, com ressalvas à sujeira proveniente dos caminhões de cana, o que requer cuidado ao trafegar, mas a vista é muito bonita e ainda há áreas com mata atlântica preservada.
Em Ibiratinga registramos imagens da Igreja. O distrito em sí parece uma pequena cidadezinha isolada no meio do canavial. É relativamente longe de Sirinhaém e de Ribeirão.
Retornamos à PE-061, sentido Barra de Sirinhaém e passamos pelo Engenho Trapiche Velho, onde observamos o antigo escritório da Usina em ruínas e uma Capela com fachada mais moderna e conservada.
Entrada do Engenho Boa Vista; Jardim das Artes; Antiga sede do Engenho Trapiche-Velho e sua Capela. (Fotos: Daniel Araujo)
Abaixo algumas imagens das belas casas-grandes ainda de pé em Sirinhaém, com destaque para a Imponente Casa-Grande do Engenho Rosário, atual sede da Usina Trapiche.
Casas-Grandes dos Engenhos Rosário/Usina Trapiche (foto: 3rdCultureChildren); São José (foto: Governo de Pernambuco) e Ubaca-Grande  (foto: Prefeitura Municipal)

Curtam as belezas das Praias de Sirinhaém no post: Barra de Sirinhaém

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Xexeu

Xexéu é a ultima cidade antes de atravessar a fronteira com Alagoas pela BR-101. A rodovia que é excelente no trecho entre Recife e Palmares, muda drasticamente alguns metros depois do cruzamento com a PE-126.
A obra de duplicação foi abandonada e a terraplanagem, bem como os imóveis desapropriados seguem em ruínas, bem como a própria rodovia.
De todas as rodovias que passamos nas mais de 38 cidades que visitamos anteriormente, este trecho para Xexéu é o pior e mais perigoso. Nem o trecho entre o distrito de Formigueiro e a cidade de Bonito, postado meses atrás, e onde não havia mais asfalto foi tão ruim.
O pior, é que as construtoras foram pagas para realizar a obra, e, as obras seguem abandonadas.
Mas, enfim, chegando a Xexéu, encontramos logo a Igreja de São Sebastião, que fica às margens da BR-101. Logo em frente a esta, fica a entrada para o centro, que ainda preserva um pouco do início da povoação do lugar.
Não havíamos pesquisado muito sobre o município, razão pela qual nossa passagem se limitou ao centro da cidade. Quem sabe em uma próxima visita, possamos trazer coisas mais interessantes sobre Xexéu.
Igreja de São Sebastião; Praça de eventos com imagem da Xexéu antiga; Rua  em Xexéu;  Detalhe da antiga Farmácia.

Historia:
A área onde atualmente fica a cidade de Xexéu foi rota de escravos que seguiam em direção ao Quilombo dos Palmares. Como era caminho obrigatória dos negros, ali foi criado, em 1675, um lugar de resistência dos negros, denominado Engenho Macaco. Este povoado chegou a ter mais de 15 mil habitantes. No final do século XIX, a povoação ganhou o nome de Aurora, por conta, segundo historiadores, da passagem das tropas de um marechal que ficou admirado com o amanhecer do lugar e conseguir convencer os habitantes pela mudança do nome.
O distrito de Xexéu, pertencia ao município de Água Preta, foi criado pela lei municipal nº 53, de 24 de abril de 1930. Tornou-se um município em 1 de outubro de 1991, através da lei estadual nº 10.621. O nome da cidade é em homenagem ao pássaro conhecido por xexéu, de canto harmonioso, comum no lugar em tempos passados.
Informações complementares você encontra no livro a História do Xexéu. Dos autores Bernardo Almeida(Valdenicio),Ademmauro Gommes e Marcos Gonçalves.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Água Preta

Água Preta fica próximo à Palmares e o acesso se dá pela BR-101 e PE-096 para quem vem do Agreste ou Zona da Mata, ou, pela PE-060 e PE-096 para quem vem do Litoral.
A PE-096 está em bom estado, mas requer atenção.
A cidade é cortada pela rodovia e a parte antiga está localizada no lado norte da pista.
A entrada para o centro fica em frente ao nome da cidade.
Os imóveis estão bem conservados e, pelo menos no centro, não se observa estrago da época das cheias.

Entrada da cidade; Igreja de São Sebastião; Mercado Municipal; Câmara Municipal.

Casa Paroquial; Imagem do Cristo em frente ao Fórum; Prefeitura; Igreja de São José da Agonia
Água Preta é atendida pela bacia hidrográfica do Rio Una e do Rio Sirinhaém, e, embora esteja a 93 metros do nível do mar, foi uma das cidades mais atingidas pelas cheias desses rios em 2010.
Achamos curioso a imagem do Cristo em frente ao Fórum.

Sobre o município:

Água Preta é um município brasileiro do estado de Pernambuco. O município é formado pelos distritos Sede, Santa Terezinha e pelo povoado da Agrovila Liberal. Seu nome inicial era Rio Preto, originado de um rio situado a 500 metros da cidade, que tinha vários pontos com águas bastante escuras, surgindo daí o nome do município.
O distrito da Água Preta foi criado em 10-11-1809, subordinado ao município de Rio Formoso. Em 1895, a vila da Água Preta foi elevada a município, através da Lei Estadual nº 130, em 03 de julho de 1895.
Por suas terras passou a Revolução Praieira, em 1848. O capitão Pedro Ivo refugiou-se nas matas da Água Preta após a derrota em Recife e ali organizou a resistência através de guerrilhas antes de entregar-se O capitão Pedro Ivo refugiou-se nas matas da Água Preta após a derrota em Recife e ali organizou a resistência através de guerrilhas antes de se entregar.

O município dispõe de um pequeno comércio: supermercados, papelarias, lanchonetes, restaurantes, pousadas, padarias, produtos artesanais, comercialização de alimentos e variedades através da feira livre, além da atividade canavieira. No distrito de Santa Terezinha, uma usina de açúcar desativada: Usina Santa Terezinha, que respondia por boa parte da receita municipal.
Existe também associação de motoristas a AMTAP (associação de transportes alternativos Água Preta/Palmares), além das associações de mototaxistas: a Associação Aguapretana dos Mototaxistas (A.A.M), a Associação de Mototaxistas da Água Preta (AMOTAP) e a RENASCER, que acrescentam renda aos autônomos da cidade.


Fonte: http://www.aguapreta.pe.gov.br/nossacidade.html

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Palmares

Palmares é um município da região Mata sul de Pernambuco. É conhecida como Terra dos Poetas, ou Atenas Pernambucana por ter sido berço de renomados e importantes poetas Pernambucanos. Trata-se de uma cidade bastante tradicional e muito importante na história do estado de Pernambuco. Seu nome é também uma homenagem ao Quilombo dos Palmares, que se instalou na região durante muito tempo.
O acesso à cidade se dá pela BR-101, para quem vem de Recife, do litoral Sul ou de Alagoas, pela BR 126, para quem vem de Garanhuns, pela PE-103, para quem vem de Bonito.
A sede do município dista 104 km em linha reta e 118 km pela BR-101 de Recife, a capital do estado; 105 km de Garanhuns e 123 de Maceió, a capital do estado de Alagoas.
Limita-se ao norte com o município do Bonito, a nordeste e leste com Joaquim Nabuco, ao sul com Xexéu, a sudeste com Água Preta e a oeste com Catende.
Logo que entramos na cidade, nos deparamos com a rodoviária e, em frente desta, a Fundação Hermilo Borba Filho, que está instalada na antiga e imponente Estação Ferroviária.
Registramos imagens de algumas Igrejas e da Usina Norte Sul, que fica no início da PE-103 com destino à Serro Azul, Engenho Verde e Cachoeira Véu da Noiva II.
Antiga Estação Ferroviária de Palmares, atual Centro Cultural da Fundação Hermilo Borba Filho e Secretaria da Mulher.
Palmares fica à beira do rio Una, e, embora a maior parte da cidade fique em áreas mais altas, situa-se a 125 metros acima do nível do mar, grande parte das suas construções ribeirinhas foi destruída pela enchente daquele rio em 2010, razão pela qual, atualmente, o Governo do Estado está construindo a Barragem de Serro Azul no rio Pirangi, um dos principais afluentes do Una, o que vai deixar submersa grande parte da mata e da história dos engenhos de Palmares e Bonito.
Igrejas: Arca de Noé; Santo Amaro; da Usina Norte-Sul; e, Nossa Senhora da Conceição dos Montes.
Quem chega pela primeira vez à Palmares, como nós, se surpreende com o tamanho da cidade. Há um grande comércio, uma grande rodoviária e muitos imóveis antigos.
Igreja em Construção; Rua de Palmares; Usina Norte-Sul
Não há placas informando o caminho para a PE-103. Depois de rodar muito, perguntamos na cidade e seguimos para a parte sul de Palmares, onde se inicia a rodovia, logo em frente à Usina Norte Sul.
Casa-Grande da Usina Serro Azul/Engenho Camevou; Capela; Cinema de Serro Azul
A poucos metros do distrito de Serro Azul, está sendo construída a Barragem de mesmo nome, o que deverá fazer sumir em suas águas, estas preciosidades históricas.
A pressa em se dar uma solução ao problema das enchentes não levou em conta o fato de que quem está errado é quem invadiu o leito do rio e não a natureza.
Não bastasse isso, um candidato ainda coloca sua propaganda na frente do antigo cinema...
Ruínas da Usina Serro Azul
Difícil de entender como uma Usina tão grandiosa como essa pode cair em ruínas assim, levando junto todo um povoado que dela sobrevivia.
Ponte Ferroviária sobre o rio Pirangi 
Além da carga histórica da cidade, há também um lado mais bucólico. Existem vários atrativos naturais para os visitantes. O município é cercado por muitas águas. Ideal para quem deseja relaxar e tomar banhos de cachoeiras e corredeiras.
Mas, antes, uma passadinha na Pousada Engenho Verde, que mantém a bela casa-grande do Engenho, de 1841 e foi onde nasceu o dramaturgo pernambucano Hermilo Borba Filho.
Para chegar lá, via Palmares, basta seguir pela PE-103, a partir da Usina Norte-Sul, até o Km 22, que é a distância do mesmo para Bonito, já que a contagem da rodovia começa lá.
O casarão  foi projetado pelo engenheiro e político francês Louis Léger Valher, que veio para o Brasil, em 1839, com 24 anos de idade, trazido pelo Presidente da Província de Pernambuco, Francisco do Rego Barros, o Conde da Boa Vista, e que também foi o responsável pela  construção do Teatro Santa Isabel em 1850.
Casa-Grande do Engenho Verde
Infelizmente este belo casarão e sua importância histórica ficarão sob as águas da Barragem de Serro Azul, em breve.
Cachoeira Véu da Noiva II
Visitamos a Cachoeira Véu da Noiva II, nos limites com Bonito, no KM-20 da PE-103. Ela fica em uma propriedade particular e pagamos R$ 3,00 por pessoa para entrar. Lá há restaurante e o banho na cachoeira é delicioso, super gelado e com direito a uma vista belíssima.
Ainda não é certo que essa cachoeira fique submersa nas águas da Barragem de Serro Azul.
Não visitamos, mas soubemos que há outras opções de banhos, como a cachoeira do Caritó onde, é preciso muita disposição, já que o caminho é feito entre bambuzais e bananeiras, e, a Corredeira do Oratório, que é formada pelas águas do Rio Una. Contam os moradores de Palmares, que o nome da corredeira foi dado porque os senhores de engenhos matavam seus inimigos às margens, dando-lhes permissão a uma última oração.

Historia:
Origem do nome Palmares
Palmares é uma das divisões geobotânicas do nordeste do Brasil. Os palmares constituem originalidade da vegetação nordestina. Altos, densos, geralmente puros e de uma só espécie de palmeiras de natureza xerófila ou higrófila. Outros existem com mistura de três ou quatro espécies de árvores de porte alto. Dentre as palmeiras que vegetam nessa região, sobrelevam-se a carnaúba (Copernica cerifica), a buriti(Mauritia vinifera), a buritana (Mauritia axulenta), a bacaba (Denocarpus distichus), o babaçu (Orbignia martiana), etc. Tais zonas se desenvolvem na Bahia, Piauí, Maranhão, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe.

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Palmares já existia antes do século XVIII

A região era habitada primitivamente pelos índios Trombetas.
Com a formação do quilombo dos Palmares no interior pernambucano e alagoano, dirigido pelo valente Zumbi, tomou impulso, fama e ganhou o nome que hoje tem, batizado que foi pelos negros, que chamavam seus habitantes de palmarinos. Não sabemos como era denominada a região dos palmares antes dos negros, num território de 260 quilômetros de extensão por 132 de largura, em faixa paralela à costa, onde se distribuíam cerca de 50 mil habitantes, cuja faixa territorial situava-se entre o Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, e a parte norte do curso inferior do Rio São Francisco, no estado de Alagoas.
De 1848 a 1873 Palmares é denominado POVOADO DOS MONTES porque as terras pertenciam à família Montes que construiu uma capela, hoje a Catedral de Nossa Senhora da Conceição dos Montes, TROMBETAS devido à lenda de que um soldado teria perdido uma trombeta durante uma passagem pelo local, POVOADO DO UNA em homenagem ao rio que banha a região e, finalmente, PALMARES, triunfando assim a denominação dos negros, por força da abundância de palmeiras que vicejavam na região, principalmente babaçu, carnaúba, pindoba,ouricuri e dendê.
Em 13 de maio de 1862 é criada a Comarca dos Palmares, por força da Lei Provincial nº 520.
Em 1868 Palmares é elevado à categoria de Distrito, por força da Lei Provincial nº 844, de 28 de setembro.
Em 1873, por força da Lei Provincial n° 1083, de 24 de maio, é criado o município autônomo, que tomou o nome de município dos Palmares.
9 de junho de 1879 – Palmares emancipa-se do município de Água Preta, por força da Lei Provincial n° 1458, adquirindo foros de cidade.
Palmares tem muita história para contar. Além de grandes poetas, o município possui o primeiro teatro a funcionar no interior de Pernambuco e o terceiro mais antigo do Estado, além de abrigar a primeira loja maçônica de Pernambuco.

Fontes:
-> http://www.palmares.pe.gov.br
-> http://minhapalmares.blogspot.com.br/

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Joaquim Nabuco

Nossa passagem por Joaquim Nabuco foi muito rápida, e, infelizmente, um candidato eleito para a prefeitura, realizava um "carnaval fora de época", o que nos impediu de trazer a vocês, as belezas das ruas da cidade. O que não quer dizer que, em breve, não tenha novidades por aqui.

O município é formado pelo distrito sede e pelos povoados de Usina Pumati, Arruado e Baixada da Areia.
Portal da Cidade; Praça 19 de Agosto; e, Estação Ferroviária (Casa da Cultura)
Quando encontramos Estações Ferroviárias bem conservadas, como esta, nos dá um orgulho e nostalgia pela importância dessas pequenas construções.
Como acontece na maioria das cidades, a estação se transformou em Casa da Cultura.

Antigo Cine Brasília; Praça Dom Luiz de Britto e Escola Municipal Fernando Augusto Pinto Ribeiro (Fotos: adnabuco.com); e, Igreja de São José (Foto: Paróquia de São José).
O pouco que vimos na rápida passagem pela cidade foi suficiente para perceber que a mesma é uma das mais conservadas da região. 

História:

O povoamento na região deu-se através dos trabalhadores dos engenhos Pumaty, Boa Vista e Cuiabá, que foram construindo suas palhoças, as casas e a capela. Entre os tarbalhadores, destaca-se a liderança de José Maria da Rocha, que era seu porta-voz. Inicialmente o povoado denominava-se Preguiça. Esta denominação é atribuída às embaúbas ou "pau-de-preguiça" da região. Entretanto, há registro de que a origem do nome seria devido ao dia da feira: segunda-feira, que era considerado o dia da preguiça. As autoridades locais solicitaram a mudança de nome para homenagear Joaquim Nabuco.
.O distrito foi criado em 9 de novembro de 1892 e pertencia ao município de Palmares. Elevado à categoria de município com a denominação de Joaquim Nabuco, pela lei estadual nº 1819, de 30 de dezembro de 1953, e instalado em 15 de maio de 1954

domingo, 16 de dezembro de 2012

Gameleira

O acesso a Gameleira é feito pela BR-101 e PE-73, ou pela PE-60 e PE-73. A estrada é boa, mas pra quem vai por Rio Formoso, deve ter atenção com os caminhões de Cana-de Açúcar
Logo na entrada do acesso pela BR-101, uma placa indica ser Gameleira a terra natal do Marquês de Olinda.
A cidade parece ser menos desenvolvida que Ribeirão, outrora seu distrito. A Estação Ferroviária é bem pequena e atualmente é uma moradia. E o centro urbano é formado por ruas calçadas e praças arborizadas, além de bons imóveis residenciais e comerciais.
O município é formado pelo distrito sede e pelos povoados de Cuiambuca, José da Costa e Cachoeira Lisa. A cidade fica às margens do Rio Sirinhaém que se encontra com o rio Amaraji no distrito de Cachoeira Lisa, onde está construída uma ponte de concreto, que dá acesso à BR 101 - Sul. 
O acesso da sede do município à capital do estado pela estrada de ferro é de 96 km e pela estrada asfaltada é de 98 km. O município é dotado de serviços de abastecimento de energia elétrica, feito pela CELPE. Área de comunicações, o município é servido por correio, telefone, rádio e televisão. A ligação por ônibus é feita através das linhas intermunicipais: Gameleira, Cucaú, Ribeirão, Escada, Recife e outras. Gameleira dispõe de um terminal rodoviário com 91 metros de área construída, uma Biblioteca Pública Municipal, Clube Recreativo e duas escolas estaduais, além de diversas escolas municipais.
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha

Moradia; Casa Maçônica; Biblioteca; e, Câmara Municipal

Estação Ferroviária; Ruas e Praças.

BR-101, acesso à PE-73 e Casa Antiga no meio do canavial, talvez um Engenho.

História:

Os distritos da Gameleira foram criados conforme a Lei provincial n° 763, de 11 de julho de 1867, e integrava o território do município de Sirinhaém. A vila foi criada pela Lei provincial n° 1.057, de 7 de junho de 1872, cuja instalação ocorreu em 13 de dezembro de 1873. Em 1860, no lugar onde está localizada a cidade, a estrada de ferro do Recife ao São Francisco estabeleceu uma estação, sendo, então, a terceira seção da construção da linha. Enquanto os trabalhos seguiam, foi ali, durante algum tempo, núcleo de regular movimento, criando-se então uma feira. Os senhores de engenho dos municípios vizinhos fizeram desse local a estação preferida para a remessa de açúcar para o Recife. Foram edificados então armazéns daquele produto, residências e outras construções, transformando o local em uma povoação, que tomou o nome da Gameleira, devido a um engenho homônimo, e pelo fato do grande número de árvores com o nome de Gameleira, que existiam na época. Em 1867 a Lei provincial n° 763 deu-lhe a categoria de freguesia.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Ribeirão

Na visita à Ribeirão, partimos de Sirinhaém, mais precisamente, da Usina Trapiche, onde fica o Engenho Rosário, seguindo pela boa rodovia PE-64, que teve o trecho Ibiratinga-Ribeirão recentemente inaugurado.
Durante os pouco mais de  45 quilômetros, passamos por alguns Engenhos à beira da estrada e belas vistas ao longo da viagem. De Ribeirão, vimos os engenhos Vicente Campelo e o Santa Cruz. 
Ribeirão é formado pelos distritos sede, Aripibu e José Mariano e pelos povoados de Aglomerado Rural de Extensão Urbana, Usina Estreliana e José Lopes de Souza.
Apesar do portal e da imagem de Sant'Anna na entrada da cidade, o visual à primeira vista não é dos melhores, mas sempre seguimos buscando os atrativos naturais e históricos das cidades, e, logo chegamos ao centro, onde achamos as edificações mais antigas. 
O topônimo Ribeirão é originado de um ribeiro afluente do Rio Amaraji que banha a cidade.

Pórtico na Entrada de Ribeirão; Imagem de Sant'Anna; Igreja e Mirante de Padre Cícero (vista da linha férrea) 
Seguimos a linha férrea até chegarmos ao pátio da Estação de Ribeirão. Lá vimos que o pátio possui espaço para até três composições, o que dá uma idéia da movimentação de outros tempos.
O prédio da estação está de pé e é um dos maiores da região, mas atualmente encontra-se ocupado por um restaurante e lanchonetes na frente, descaracterizando a fachada.

Pátio da Estação Ferroviária de Ribeirão e Capela próxima.
Próximo aos trilhos, há uma pequena capela, ao que parece, de construção bem recente. E dos mesmos trilhos, podemos ver a Igreja e o Mirante de Padre Cícero em uma parte alta da cidade.

Estação Ferroviária de Ribeirão

Estátua de Cortador de Cana; e, Ig. Matriz de Sant'Anna.
Era dia de feira livre, então a cidade estava bem movimentada. O chato é que a feira sempre acaba impedindo o registro de imagens de alguns monumentos.

Próximo à BR-101, ao sul da cidade, passamos pela Usina Estreliana, onde registramos uma imagem da bela e imponente Capela. Há indícios de que havia uma estação ferroviária nas proximidades.

História:

Ribeirão originou-se em decorrência da existência do Engenho Ribeirão (depois Usina Pinto e, depois, Usina Ribeirão). Ao redor da capela sob invocação de Santana, no Século XVIII, foram sendo construídas casas.
O Engenho Ribeirão pertencia politicamente ao município da Gameleira. Pela situação geográfica e terras mais apropriadas para o plantio dacana-de-açúcar, Ribeirão cresceu, evoluiu e tornou-se Vila, depois Distrito da cidade da Gameleira e, finalmente, cidade.
Em 25 de março de 1862 foi inaugurada a estação de linha férrea de Ribeirão, impulsionando seu desenvolvimento.
A cidade do Ribeirão é apelidada de Princesa dos Canaviais, por ser a cana-de-açúcar a base da sua economia, que por muito tempo foi uma das maiores fontes de riqueza de Pernambuco.