domingo, 15 de julho de 2012

Sairé

Sairé, a terra da laranja e do buscapé, fica a 22 km de Camocim de São Felix, e foi a última cidade visitada no nosso roteiro que partiu de Garanhuns às 9 da manhã e chegou aqui às 4 da tarde.
Da PE-103, pegamos à direita na PE-87 (Estrada Gravatá-Maracanau) e seguimos por 4 km até chegar à cidade.

Logo no início da cidade, avistamos uma bela casa, com uma fachada bem diferente do comum, e, logo após, a Praça Rosa Paixão dos Santos, com mais uma alusão às Laranjas de Sairé.
Junto à praça, está as Igrejas de São Miguel Arcanjo, uma antiga e uma mais moderna. Não avistamos a Igreja de São Silvestre, bem como as Laranjas de Sairé.


Praça Rosa Paixão dos Santos, Casarão de Severina Gonçalves e as Igreja de São Miguel Arcanjo.

HISTÓRICO (Fonte: Google)

O povoamento de Sairé iniciou-se após a abertura de um caminho que ligava o povoado de São José dos Bezerros ao sul do estado, passando pela Vila Bonito, por iniciativa dos fazendeiros, almocreves e tropeiros. Como era uma região de florestas, o local à margem deste caminho onde hoje está situado o município de Sairé ficou conhecido como Boca da Mata. Os primeiros povoadores dedicaram-se ao cultivo da mandioca e da cana-de-açúcar e posteriormente café. Em 1896 tornou-se distrito São Miguel, subordinado a Bezerros. Pelo decreto-lei nº 952, de 31 de dezembro de 1943, o distrito de São Miguel, passou a denominar-se Sairé. A lei estadual nº 4.942, de 20 de dezembro de 1963, deu autonomia ao município.
Durante o período em que foi pertencente ao município de Bezerros, houve na região o florescimento de diversos engenhos de cana, que produziam açúcar, aguardente e raspadura. A partir da segunda metade do século XX, entretanto, esses engenhos entraram em decadência e hoje praticamente foi extinta sua antiga atividade.
O topônimo Sairé tem significado controvertido. Alguns atribuem a uma corruptela de Sirinhaém, o rio. Já Luiz Caldas Tibiriçá acredita significar "saíra diferente", uma espécie de saíra.
A história de Sairé foi publicada em duas obras:
"Sairé: reminiscências de um povo que caminha com São Miguel", de autoria de Flávio Guerra, e "Sairé: datas e acontecimentos", de autoria de Miguel Pessoa das Neves.

sábado, 14 de julho de 2012

Camocim de São Felix

Saindo de Bonito, sentido norte, pela PE-103, andamos 14 km, até chegar a Camocim de São Felix, cidade de um dos melhores climas do Brasil, segundo os dizeres do pórtico de entrada, que eu referendo.
Camocim é uma pequena cidade, limpa e aconchegante. Seu clima é muito agradável, principalmente com o friozinho que começa no final da tarde.
Antes de chegar à cidade, passamos pela Capela de São José, à qual não sabemos a que município pertence. Em Camocim fomos logo até a Igreja de São Felix e Cantalice, onde se localiza o Marco Zero da cidade. Andamos pelas ruas, limpas e asfaltadas recentemente, dando um certo ar de zelo pela administração municipal. 

Capela de São José (entre Bonito e Camocim); Igreja Matriz de  São Felix de Cantalice; Av. Agamenon Magalhães; e, Entrada da Cidade.

Castelo de Eventos na PE-103, em Camocim de São Felix

Histórico (Fonte: Prefeitura Municipal - camocimdesaofelix.pe.gov.br )
Fontes históricas indicam que por volta de 1890, alguns proprietários residentes em Bezerros passaram a se interessar pela exploração da cultura do café, a cujo clima se prestavam as terras que ficavam após as serras do Aires e da Palmeira, em virtude da altitude, do clima frio e do solo propício àquela rubiácea. Instalaram-se no planalto logo após o último degrau da serra da Palmeira, cujo nome deu à localidade mais próxima daquele rincão, conhecido atualmente por sítio da Palmeira. Com a presença dos tropeiros que viajavam em direção a Bonito e localidades vizinhas, surgiram os primeiros contatos de trabalho, a convite dos proprietários que ali se fixaram, com a finalidade de transportar materiais de construção necessários às primeiras benfeitorias, dando seqüência à construção de casas de morada para os recém-chegados. Em 1895, com o florescimento do povoado, deu-se a edificação de uma capela, em homenagem a São Félix de Cantalice, sendo concluída em 1898. A mais provável origem do topônimo é a que se refere ao vocábulo indígena, derivado de caa “pau” e mocina “polir”, significando “pau lavrado”. De início, o povoado tinha o nome de Camocim, posteriormente, passou a ser conhecido por Vila de Camocituba. Finalmente, em 1953, com a emancipação política, teve o nome alterado para Camocim de São Félix. Distrito foi criado com a denominação de Camocim, pela lei municipal nº 2 de 20-04-1893, subordinado ao município de Bezerros. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Camocim figura no município de Bezerros. Pelo decreto-lei estadual nº 952, de 31-12-1943, o distrito de Camocim passou a denominar-se Comocituba. No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o distrito de Comocituba permanece no município de Bezerros. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1950. Elevado à categoria de município com a denominação de Camocim de São Felix, pela lei estadual nº 1818, de 30-12-1953, confirmado pela lei estadual nº 1819, de 29-12-1953, desmembrado de Bezerros. Sede no atual distrito de Camocim de São Feilix ex-Camocituba. Constituído do distrito sede. Instalado em Em divisão territorial datada de 1-VII-1960 o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2003. Alteração toponímica distrital Camocim para Camocituba alterado, pelo decreto-lei estadual nº 952, de 31-12-1943. Camocituba para Camocim de São Felix alterado, pela lei estadual nº 1818, de 29-12-1953, confirmado pela lei estadual nº 1819, de 30-12-1953.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Bonito

Saindo de Catende e seguindo à direita na PE-120, passamos por Laje Grande, distrito de Catende, Batateiras e Formigueiro, onde entramos à direita na PE-109, chegando em Bonito cerca de 25 km depois de Catende.
Rodovia PE-109 e suas belas paisagens.
Na PE-120 encontramos belas paisagens, proporcionadas pelas serras e pelo Rio que margeia a estrada, contudo, ao entrar na rodovia de acesso à Bonito, a PE-109, encontramos o único trecho do roteiro em péssimo estado. A rodovia desapareceu e as poucas construções que vimos pelo caminho estavam abandonadas, como se o mundo tivesse esquecido aquele lugar, embora as imagens vistas dessa "rodovia" também sejam muito bonitas, com destaque para um grandioso açude (lago?).
Casario, Igreja de Nossa Senhora da Conceição e Matriz de São Sebastião.
Finalmente em Bonito, partimos para registrar imagens dos atrativos principais da cidade. A Igreja de Nossa Senhora da Conceição, a Matriz de São Sebastião (na Praça de mesmo nome), a Coluna de São Pedro, o Centro Cultural e a Capela.
Coluna de São Pedro e Capela.



Rodovia PE-103
Nos meses de outono e inverno a PE-103 fica mais perigosa em razão das nuvens que passam cobrindo a rodovia sobre a serra o tempo todo, o que não deixa de muito bonito também. Andar devagar com as luzes do veículo ligadas ajudam a evitar acidentes.
Poço Dantas
No Km 13 fica a entrada para  a estrada de acesso ao Poço Dantas, a Pedra Redonda, e as Cachoeiras Véu da Noiva, Gruta e Barra Azul. Para chegar em Poço Dantas e Véu da Noiva é apenas 1 km de estrada de barro, que, mesmo apos chuvas leves dá para veículos pequenos andarem com tranquilidade. Para chegar em Gruta e Barra Azul, o caminho se complica demais na chuva.
Cachoeira Véu da Noiva I
A entrada para a Cachoeira Véu da Noiva e para o Poço Dantas, que ficam na mesma propriedade custa R$ 5,00 em abril de 2017. O lugar conta com banheiros e um restaurante, além de estacionamento. Próximo à corredeira e ao Poço Dantas, algumas pessoas faziam churrasco.
Na Cachoeira Véu da Noiva, além do banho maravilhoso, há opção de se fazer Tirolesa e Rapel, com uma equipe especializada e com segurança. O Rapél e a Tirolesa saem por cerca de 35 reais, cada (valores podem mudar!). Não fizemos dessa vez, mas pelo que vimos, vale a pena.
Camping do Mágico; Cachoeira e Piscina
A Cachoeira do Mágico fica na propriedade do Camping do Mágico, no Km 20 da PE-103. A entrada para o Day-use é R$ 15,00 e o estacionamento fica bem próximo, mas do outro lado da rodovia. Tem piscina e restaurante, não é permitido levar bebida e comida.
O banho na Cachoeira do Mágico é revigorante.Não é alta como a maioria, e é bem segura, o que facilita ser apreciada por crianças e idosos. 
Rio verdinho, Camping do Mágico
Quem curte acampar, o local tem muito espaço junto ao rio e é muito agradável. O som da água correndo entre as pedras, os pássaros e as sombras da mata tornam o ambiente perfeito para descansar.


História da Cidade (Fonte: Prefeitura Municipal - bonitope.com)
Em 1812 foi edificada a Matriz de Nossa Senhora da Conceição - padroeira da cidade - tendo contribuído para a povoação local. Bonito foi palco de diversas revoltas que terminaram na morte de muitos habitantes do município. Em 19 de dezembro de 1874 ocorreu a invasão denominada Quebra Quilos. A revolta deu-se devido à alteração do antigo sistema de pesos e medidas para as unidades de metro, centímetro e quilo, de acordo com a Lei Imperial nº1157, de 1862.
Bandeira do Bonito
O mesmo local, nos fins de 1819 durante o governo Luiz do Rego, foi palco da grande matança dos habitantes da Serra do Rodeador (comunidade pertencente, hoje, ao município), a qual D. Pedro I, em seu manifesto aos brasileiros, assim se exprimiu: 

"Pernambucanos, lembrai-vos das fogueiras do Bonito."

O caso messiânico do Rodeador, liderado pelo ex-soldado do 12º Batalhão de Milícias de Alagoas, Silvestre José dos Santos, assim como outros movimentos que unem interesses religiosos à esperança da saída da miséria, foi abafado com sangue. Silvestre pregava o Sebastianismo - uma forma de messianismo em Portugal. Os seguidores acreditavam na volta de D. Sebastião, que não teria morrido na África, na batalha de Alcácer-Quibir.


Significado do Nome 

Consta que o nome da cidade surgiu depois que alguns caçadores encontraram, na região ainda despovoada, um riacho de água cristalina; um deles teria afirmado que rio bonito e, depois, todos passaram a se referir à área do rio bonito, para orientar as suas andanças pela região. Posteriormente, a denominação do local foi reduzida para Bonito.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Laje Grande

Laje Grande é um distrito do Município de Catende. Fica localizado à direita da PE-103, sentido Bonito.
Na entrada do distrito passamos por uma ponte sobre o Rio Una, responsável por belas imagens ao longo da viagem. Seguimos a via principal até a Igreja.

Laje Grande tem cara de distrito mesmo. Nada que se sobressaia, além do aparente sossego.


Rio Una e Igreja de Laje Grande



Catende

Saindo de Jaqueira e voltando à PE-126, seguimos na direção leste pouco mais de 12 km e entramos à esquerda na PE-103 por mais 4,5 km, quando chegamos à Catende.
Ainda fora da cidade avistamos a cruz da Igreja Matriz, e, ao entrar, seguimos em direção à famosa Usina Catende. Ao chegar na Estação Ferroviária, avistamos a sede do antigo Engenho Milagre da Conceição, e a Usina à beira da Estrada de Ferro.

Engenho Milagre da Conceição (Policlínica Gouveia de Barros), Usina Catende, Estação Ferroviária.

Praça Costa Azevedo, Prédio Público, Prefeitura Municipal e Igreja Matriz de Sant'Anna na Praça da Matriz.

A importância da Usina se traduz na disposição do centro administrativo da cidade e da sua proximidade à Estação de Trem, bem como à beleza arquitetônica das construções da cidade. Seguimos em direção à Matriz, logo após contemplarmos o belo prédio da Prefeitura.
Da Igreja Matriz, atravessamos várias ruas da cidade, que nos pareceu limpa e organizada, passando por dois clubes e várias casas. Por razões operacionais, não registramos imagens da Igreja da Mãe Rainha.

Histórico:


Sabe-se que parte das terras da região onde se situa atualmente Catende foram doadas pelo Imperador Dom Pedro II ao Senador Álvaro Barbalho Uchôa Cavalcanti. Com o tempo, as terras foram sendo vendidas, originando os primeiros sítios e engenhos de cana. Os registros do povoamento datam de 21 de outubro de 1863, a partir da presença do capitão Levino do Rêgo Barros. Onze anos depois, surge a primeira feira da localidade, o que atraiu novos moradores. Por iniciativa do capitão Levino, a ferrovia Estrada de Ferro do Sul e Pernambuco também chega à região.
A cidade de Catende surgiu em torno do engenho de açúcar chamado Milagre da Conceição. O distrito, pertencente ao município de Palmares, foi criado a 28 de novembro de 1892, pela lei municipal nº 02. Foi elevado à categoria de vila, através de lei estadual, a 1 de julho de 1909.
O Município foi criado a 11 de setembro de 1928, desmembrado de Palmares e acrescido de uma faixa de terra que pertencia ao município de Bonito. Já o nome Catende tem duas versões: a corruptela de "Katendi" do africano que significa lagartixa, ou "Caatendi" do indígena, mato brilhante ou o que resplandesce. Segundo alguns entendidos, esta última é a mais aceita.
A Usina Catende situada no município de Catende, na margem esquerda do rio Pirangi, numa altitude de 153 metros. Fundada, em 1890, com o nome de usina Correia da Silva, em homenagem ao então vice-governador do Estado. Foi originalmente construída pelo inglês Carlos Sinden e seu sogro Felipe Paes de Oliveira. Esse nome, no entanto nunca se consagrou, sendo a usina sempre chamada de Catende.
A cidade de Catende cresceu não só ao entorno da usina, mas principalmente da Matriz de Nossa Senhora Sant'Anna, tendo sua torre se confrontando ao fundo com a serra da Prata, cartão postal da cidade e orgulho dos catendenses.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Jaqueira

A cidade de Jaqueira fica a cerca de 11 km de Maraial, às margens da PE-126, separada desta pelo Rio Pirangi.
No centro da cidade, encontramos a Praça de Nossa Senhora Aparecida, a imagem da santa e a Igreja de mesmo nome, além da Estação Ferroviária de Jaqueira (bem conservada) e a imagem do Padre Cícero na lateral, um pouco atrás.

Praça Nossa Senhora Aparecida, com a Igreja de mesmo nome e a   Estação Ferroviária .
Igreja de Nossa Senhora Aparecida, Estação Ferroviária e Imagem do Padre Cícero.

Atrativos:

Segundo divulgação da Prefeitura, o município reserva para o visitante um fantástico passeio por trilhas ecológicas, assim como inúmeros atrativos naturais, como a Serra do Urubu e a Serra do Espelho.
Entre elas, ainda existe uma parte de Mata Atlântica preservada pela iniciativa privada, a qual procura-se manter através do replantio de árvores com o acompanhamento especializado.

Histórico do Município (Fonte: Site da Prefeitura Municipal-jaqueira.pe.gov.br)
Os Primórdios
Nas primeiras décadas do século XIX, por volta de 1820, todo sistema de abastecimento de gêneros alimentícios e vestuários dos povoados, vilas, distritos e cidades nessa parte da mata sul da Província Pernambucana, era transportado por animais de cargas em grande número formando tropas, os donos desses animais os almocreves, se dirigiam até a localidade de Una, hoje Palmares para carregarem a sua tropa com todos os tipos de mercadorias disponíveis na época, quando então retornavam ao distrito de Lagoa dos Gatos, um dos principais centros distribuidores da região.

O distrito de Una pertencia ao município de Água Preta, porém com a construção da Ferrovia ligando a capital da província até lá, inaugurada em1882, a pequena localidade começou a prosperar em tão grandes proporções que logo ultrapassou em volume comercial a sede da cidade.

Cinco anos após a inauguração da Ferrovia ligando o Recife até Una, ou seja, em 1887, foi aberto o tráfego à estação Garanhuns.

Portanto, o período áureo dos almocreves nesse trecho comercial, que compreendia de Una a Lagoa dos Gatos, se deu até os anos de inauguração das Estações Ferroviárias ao longo do trecho da Ferrovia Sul da Província Pernambucana.

No período do verão, os almocreves, na viagem de volta aproveitavam para descansar com sua tropa à sombra de duas frondosas JAQUEIRAS, (Artocarpus Integrifólia) com o passar do tempo às árvores começaram a ser um ponto de parada obrigatória entre eles, uma dessas centenárias árvores, ainda hoje, está em pleno vigor, localizada no centro da Rua do Quadro, local onde começou a povoação e, continua a frutificar, oferecendo aos filhos da sua terra frutos doces e saborosos.

O lugar de descanso desses almocreves passou a ser um ponto de referência, onde se marcava encontro entre eles, nascendo ali um pequeno comércio e algumas residências de taipas e pau-a-pique cobertas de sapé dando origem ao povoado de JAQUEIRA.

Segundo referência no Diccionário Chorográphico, Histórico e Estatísticode Pernambuco, em 14 de fevereiro de 1899, Jaqueira era um povoado pertencente ao município de Palmares, estava situado à margem esquerda do Rio Pirangi em solo um pouco elevado, existiam 20 casas sendo três sobrados, não havia nenhuma capela na localidade. A via-férrea Sul Pernambuco já funcionava e a sua estação ferroviária já havia sido inaugurada em 28 de setembro de 1883, sua distância à sede Palmares era de 31.010 km.

A quantidade de residências no local foi aumentando, novos moradores foram chegando, começaram a se estabelecer e, a povoação é elevada à categoria de vila.

A vila se resumia ao pátio da Rua do Quadro, Rua da Pitombeira, Rua do Visconde, Rua da Itália e a Rua do Olho, que antes se chamava Rua Frei Caneca.

Com o passar dos anos, a vila foi crescendo e foram surgindo novas ruas, becos e vielas.

Aos domingos eram realizadas as feiras livres à sombra das duas frondosas árvores, mas tão logo a feira terminava, o que sempre ocorria por volta das dez horas era celebrada uma missa embaixo delas, pelos frades Capuchinhos, que naquela época já administravam a Colônia Orphanológica Isabel, em Pimenteiras (Frei Caneca).
Famílias que Começaram a sua Construção

Em meados do século XIX, as famílias: Pellegrino, Guerra, Estevão, Monteiro e Biggio vieram residir na vila de Jaqueira, o patriarca da família Guerra, Senhor Philemom Guerra residia na antiga Rua do Olho, (atual Avenida Francisco Pellegrino nº 296), em um sobrado ainda hoje edificado, que é a residência oficial da família Guerra, casou-se com a senhora Leocádia dos Santos Guerra.
O patriarca da família Pellegrino, senhor Francisco Pellegrino, residia na Rua da Itália, (cuja denominação, se deve ao fato de que os italianos lá residiam), ambos os patriarcas que eram amigos, resolveram desviar o Rio Pirangi, que naquele tempo possuía um volume d’água duas vezes maior do que hoje e, cujo leito corria onde está atualmente localizada a Rua Dioniso Pereira da Costa, proporcionando um maior espaço físico para a comunidade.

Os construtores da família Estevão, não somente construíram a igreja católica de Jaqueira, como também a maioria das casas residenciais existentes na antiga Rua do Olho.

Ainda hoje, são visíveis os traços característicos das construções à italiana daquela época nas diversas residências ao longo da antiga Rua do Olho, com destaques para as ornamentações artesanais em alto relevo nas fachadas de algumas casas.

Os Biggio, família originária também da Itália, permaneceram pouco tempo em Jaqueira, porém alguns se destacaram, principalmente o senhor Francisco Biggio, que era um exímio pintor no estilo Renascentista e foi o responsável pela esplêndida pintura do teto e afrescos da capela do Colégio São Joaquim, em Frei Caneca, no ano de 1872, projetada pelo Frei Francisco Maria de Vicência com um estilo idêntico ao pintor, escultor, poeta e arquiteto italiano Michelangelo, o mesmo que pintou o teto da Capela Sistina com cenas do Velho Testamento, no Vaticano em Roma.

A Estação da Ferrovia The Great Western of Brazil Railway Company Limited em JAQUEIRA foi inaugurada oficialmente em 28 de setembro 1883, sua distância para a Estação Central Recife, é de 155,600m (Cento e Cinqüenta e Cinco Quilômetros e Seiscentos Metros), sua Altitude é de 175,70 metros. A maior parte das locomotivas que operavam nessa ferrovia foi fabricada na Inglaterra e os trilhos de ferro ou aço (a princípio do tipo Barlow e depois do tipo cabeça dupla).

Com a construção e inauguração da Estação Ferroviária de Jaqueira, em 28 de setembro 1883, nossa vila começa a prosperar, juntamente com a centenária Usina Colônia, pois a Estação Ferroviária Colônia Frei Caneca, foi inaugurada oficialmente em janeiro do ano seguinte, ou seja, 1884, a usina escoava a sua produção de açúcar e álcool pela ferrovia, não somente escoava a produção, como a utilizava também para o transporte da cana-de-açúcar quando no período de sua moagem, apesar de que, a mesma já havia construído uma pequena ferrovia particular em suas terras, utilizando seis pequenas locomotivas importadas da Inglaterra para o transporte da cana-de-açúcar.

A partir da Inauguração da Estação Ferroviária de Jaqueira, os almocreves e seus animais de carga, deixam de transportar as mercadorias provenientes de Palmares, pois este transporte agora era feito pela ferrovia.

A Estação Ferroviária de Jaqueira foi o divisor de águas em seu desenvolvimento, antes a vila vivia isolada das demais cidades e principalmente da capital Recife, com a construção da linha Sul da Ferrovia, Jaqueira teve acesso às demais cidades e ao litoral pernambucano.
História da independência de Jaqueira.
Com o progresso do distrito cresceu também o sonho de liberdade do seu povo.

Em 1994, por proposição do ilustre Deputado Estadual Carlos Rabelo, é apresentada na Assembléia Legislativa do Estado, Projeto de Lei criando o município de Jaqueira, após muitos embates e entraves burocráticos, finalmente o projeto vai a plenário e é aprovado.  A aprovação do projeto condiciona a sua sanção após “Referendum” plebicitário à população do distrito, Os dois grupos políticos antagônicos existentes em Jaqueira, com algumas dissidências, comungavam um mesmo ideal: Prioridade nº 1, “Tornar Jaqueira uma cidade livre e próspera”, ambos os grupos fazem campanha com esse objetivo, realizaram-se passeatas, discursos, comícios de conscientização etc.

No dia 03 de setembro de l995, um belo domingo de sol, festa e júbilo, a sua população votante, alegremente vestindo suas camisetas, portando suas faixas com palavras de ordem e suas bandeiras pró-emancipação, comparece quase que unanimemente às urnas para a consulta plebicitária realizada pelo Egrégio Tribunal Regional Eleitoral, quando diz SIM à emancipação.

Logo após o resultado das urnas, no mesmo dia, o que se vê é muita comemoração, confraternizações, queimas de fogos de artifícios, música e alegria adentrando a madrugada do dia seguinte.

Finalmente em 28 de setembro de 1995, o então governador do Estado, Miguel Arraes de Alencar, acatando a decisão soberana da população Jaqueirense, sanciona a Lei estadual nº 11.225, criando o município de Jaqueira, sendo publicada no dia seguinte, 29 de setembro de 1995, no Diário Oficial do Estado.

Nesse mesmo ano, foi plantada na Rua do Quadro, uma muda de Jaqueira, (Artocarpus Integrifólia) com sementes colhidas de uma fruta madura originada da centenária árvore, simbolizando uma nova Era.

Dados Técnicos e Geográficos do Município:
O município de Jaqueira está localizado na Zona Fisiográfica do Litoral Mata, microrregião Mata úmida Pernambucana. Predomina o clima quente e úmido com chuvas de outono-inverno, também chamado de “pseudotropical”, com precipitação pluviométrica de 1.486,3 mm. No município 29% das terras são aptas às culturas temporárias, enquanto 70% só se prestam às culturas permanentes e a pecuária. Limitações de relevo, fertilidade natural, riscos de salinidade e profundidade dos solos, constituem as principais restrições ao uso das terras nas atividades agropecuárias, distando apenas 142,2 quilômetros do marco zero, por rodovia, da capital pernambucana, limita-se ao norte com Lagoa dos Gatos, ao sul com Maraial, a leste com Catende e a oeste com São Benedito do Sul, sua área geográfica é de 111,0 quilômetros quadrados, suas vias de acesso à capital pernambucana, são as rodovias, BR 101e a BR 232, à capital alagoana a BR 101 e a BR 104, bem como para ambas as capitais, à Rede Ferroviária do Nordeste, suas coordenadas da sede: latitude, -8.727º e longitude, -35.793º,

Sua altitude é de 175,70 metros, seu clima é quente e úmido, sua temperatura média 24º, sua vegetação é de floresta Sub-perenifólia (Mata Atlântica), sua população atual compreende: 5.909 habitantes na zona urbana (50,7%); e 5.744 habitantes na zona rural (49,3%), perfazendo um total de 11.653 habitantes, segundo o último Censo Nacional, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, de 2000, desse total, 50,4% são do sexo masculino (5.873) e, 49,6% são do sexo feminino (5.780), sua densidade demográfica é de 110,66 habitante por quilômetro quadrado, sua taxa de urbanização é de 57%, seu número de eleitores aptos perfazem atualmente, 7.254 cidadãos.

A lei municipal 001, de 14 de 01.1997, estabelece o organograma do executivo Municipal que passa a funcionar com: Uma Secretaria de Governo, Uma Procuradoria dos Feitos da Fazenda Municipal, Uma Secretaria de Administração, Uma Secretaria de Finanças, Uma Secretaria de Obras Públicas e Serviços Urbanos, Uma Secretaria de Educação. Uma Secretaria de Cultura Esporte e Turismo, Uma Secretaria de Saúde, Uma Secretaria do Trabalho e Bem Estar Social, Uma Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Uma Secretaria de Transporte.

Os segmentos da Sociedade no município são representados pelas mais diversas Associações de Classes, tanto na área rural, quanto na área urbana.

Por sua proximidade com o Oceano Atlântico, cerca de 100 quilômetros à leste, o qual banha o litoral sul do Estado, ele e os remanescentes da Mata Atlântica, são os responsáveis pela umidade do ar em nosso município, mas, predominando sempre, o clima quente e úmido sendo no verão, época de bastante calor, iniciando nos fins de setembro e vai até o final de março.

No inverno, época das chuvas, se inicia nos fins de março, vai até o final de agosto, quando a sua temperatura cai um pouco.

O relevo é formado por rochas do complexo cristalino, constituindo um conjunto de morros e colinas, de forma mamelonar sendo bastante variado e acidentado, não existindo dentro dos limites do município, nenhum planalto, existindo muitas serras e muitas várzeas, podendo-se destacar as serras: Do Espelho, Do Urubu, Do Quengo, Do Freire e Alto do Peba.

Fazem parte da zona rural do município, as seguintes propriedades, denominadas de “engenhos”: Gulandy, Barro Branco, Caixa D’Água, Várzea Velha, Fervedouro, Bálsamo da Linha, Guerra, Laje Nova, Boa Vista, União, Flor do Bosque, Corubas, Salgado e Olhos D’Água, cuja lavoura predominante, é a cana-de-açúcar.      

Bacia Hidrográfica:
Em dezembro de 2002, foi criado e homologado pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Una, -COHBU -, na cidade de Capoeiras, no agreste Meridional Pernambucano, a sua nascente está localizada na Serra da Boa Vista naquele município e, depois de percorrer cerca de 240 quilômetros, despeja suas águas no Oceano Atlântico, nas imediações do distrito de Várzea do Una, em Barreiros/PE. O seu escoamento é periódico até as proximidades do município de Altinho, a partir daí torna-se perene, por conta dos índices pluviométricos da Zona da Mata Sul e permanente alimentação por meios dos seus afluentes.

A Bacia do Rio Una atinge 40 municípios, sendo 32 no Estado de Pernambuco, servindo às regiões do Agreste e Mata Sul, e oito no vizinho Estado de Alagoas. Os seus principais afluentes são o Rio Pirangi, que nasce no povoado de Pau Ferro, em Quipapá, e o Rio Jacuípe, que banha parte do Estado das Alagoas, nossa Jaqueira, juntamente com mais 31 municípios, da mata sul e do agreste do nosso estado, compõem esta importante Bacia Hidrográfica.

Os esforços para o estabelecimento de políticas públicas adequadas a esse setor são recentes.Enquanto as primeiras legislações ambientais sobre o uso e o tratamento da água surgiram em diversos países entre 1970 e 1980, no Brasil a preocupação com o bom gerenciamento dos recursos hídricos só ganha impulso a partir da Constituição de 1988, que previa leis específicas e a criação de uma agência para regulamentar o acesso e proteger as bacias. Em vigor desde janeiro de 1997, a Lei de Recursos Hídricos estabelece os mecanismos e a estrutura institucional e administrativa necessários para que as políticas públicas relativas aos recursos hídricos possam ser colocadas em prática.

Ela procura assegurar a disponibilidade de água e sua utilização racional. Para isso foram criados os Comitês de Bacias Hidrográficas, que podem ser organizados pelos estados ou pela própria União. Eles funcionam como fóruns em que são discutidos os problemas relativos às bacias e são responsáveis também pela administração e pela solução dos conflitos em torno do uso da água.

Por está localizado na região da Mata Sul do Estado, o nosso município é abundante em vários riachos, onde podemos destacar alguns como: Riachos do Amolar e São João, Riacho da Serra do Espelho, Riacho Bálsamo das Freiras, na Serra do Freire, Riacho Barra Nova, no Engenho Barra Nova, Arroio Fervedouro, no Engenho Fervedouro, Riacho do Brum, no Sítio Brum, Riacho da Borracha, Riacho Laranjeiras, com nascente no Sítio Pedra Branca, Riacho Taquara, ao Sul de Maraial, Cachoeira da Mãe Tereza, no Engenho Mãe Tereza e etc.

A Economia do Município:

O município tem como fonte principal de sua economia, a agricultura da cana-de-açúcar, seguindo-se do cultivo primitivo da banana, mandioca, laranja, manga, abacaxi e jaca, bata doce, inhame, milho e feijão.

A banana é a segunda fonte principal na economia do município, plantada por pequenos proprietários de terras, ou posseiros, produz o ano todo sendo comercializada em sua quase totalidade nas capitais: Recife e Maceió, como também, em algumas cidades pólos, como Caruaru e Palmares, uma pequena quantidade, é vendida nas feiras livre da região.         

Dados Econômicos:
Segundo dados do IBGE, as principais culturas agrícolas permanentes no município de Jaqueira, em 2001, apresentaram os seguintes índices: Variável: Banana, área destinada à colheita: 250 hectares.
Área colhida: 250 hectares;

Quantidade produzida: 325 mil cachos;

Rendimento médio: 1.300 cachos/hectares.

Valor da produção: R$ 585.000,00. (Quinhentos e oitenta e cinco mil) Reais.
Variável: Cana-de-Açúcar.

Município: Jaqueira, desempenho em 1999:

Área Plantada: 6.020 hectares, área colhida: 5.500 hectares, quantidade produzida: 264.000 toneladas, rendimento médio: 48.000 kg/hectare. Valor da produção: R$ 4.577.000,00 (Quatro milhões, quinhentos e setenta e sete mil) Reais.

Variável: Feijão.

Área plantada: 300 hectares, área colhida: 126 hectares, quantidade produzida: 58 toneladas, rendimento médio: 460kg/hectare. Valor da produção: R$ 47.000,00 (Quarenta e sete mil) Reais.

Variável: Milho.

Área plantada: 120 hectares, área colhida: 98 hectares, quantidade produzida: 30 toneladas, rendimento médio: 306kg/hectare. Valor da Produção: R$ 10.000,00  (Dez mil) Reais.

Variável: Mandioca.   Área plantada: 10 hectares, área colhida: 9 hectares, quantidade produzida: 8.000kg, Valor da produção RS$ 5.000,00 (Cinco Mil) Reais.
Sua Secular História.
Para que possamos entender melhor a história desse Educandário, necessário se faz, que busquemos elementos nos primórdios do Brasil Imperial.

Tudo começou no Sítio Pimenteira na década de 1820, as constantes agitações de banditismo, solapavam a vida laboriosa das populações agrícolas.

Pimenteira, uma vasta região no sul da Província Pernambucana, compreendia todas as terras onde hoje estão localizados o povoado de Frei Caneca, Pindoba e Marmota, esta região era subordinada aos caprichos vandálicos de um grupo de malfeitores, chefiados pelo temível rústico e impiedoso cangaceiro Vicente de Paula.

O grande Sítio Pimenteira pertencia ao General reformado Francisco José Souza Soares de Andréa Pimenta, daí originou-se o nome de sua propriedade “Pimenteira”, que nasceu em Lisboa em 1781 e naturalizou-se brasileiro, faleceuem São José do Norte, no Rio Grande do Sul, em 1858, chegou ao Brasil como oficial da frota que conduziu o Príncipe Regente. Tomou parte nas operações da campanha cisplatina. Comandou as forças estacionadas em Montevidéu, foi presidente das províncias de Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul por duas vezes, em 1852, presidiu à comissão demarcadora dos limites do Rio Grande do Sul com o Uruguai, foi um dos baluartes da consolidação da Independência do Brasil. Cujos serviços prestados ao Império foi notório, salientou-se como um autêntico militar, foi ainda Presidente da Província do Pará quando derrotou os revoltosos da Cabanagem no Segundo Império e posteriormente combateu no Paraguai, recebeu o título de Barão de Caçapava, além de combatente, pacificador, gozava alta consideração do Império, por isso não foi de se admirar, quando o Governo Imperial atendendo as solicitações do velho General, comprou-lhe a propriedade que transformou, pelo Decreto de 09/11/1830, em Colônia Militar Pimenteira, mantendo facções do Exército em prontidão contra os inditosos bandidos para segurança e tranqüilidade da gente do campo.

Os bandidos em grande número eram co-liderados por José Joaquim de Barros e José Pedro de Souza, eles estabeleceram o seu Quartel General na Serra do Cafundó, em Lagoa dos Gatos, porque era um terreno muito acidentado, quase, todo cercado de montanhas, coberto de matas inóspitas e desconhecido, poucos lugares na região, ofereciam maiores possibilidades aos bandidos do que aquelas paragens.

As facções do Exército Imperial, sediadas na Colônia Militar de Pimenteira, também combateram na Revolução Praieira. Último dos movimentos revolucionários do Império que se instaurou em Pernambuco, de 1848 a 1849, já no final do movimento, mais precisamente em Água Preta, quando 2.000 revoltosos, liderados pelo capitão Pedro Ivo Veloso da Silveira foram derrotados pelas forças legalistas.

Quando da construção da Colônia Militar Pimenteira, foi aberto um túnel secreto, ligando o interior da mesma, às margens do rio Pirangi, este túnel era constantemente usado pelos soldados do Imperador no combate aos bandidos.

A muito custo, as tropas legalistas, conseguem estabelecer um posto avançado da Colônia Militar até onde funcionava o Comando das Forças em operação, nas proximidades da Lagoa que deu origem ao nome do município de Lagoa dos Gatos.

Pouco a pouco, os bravos soldados da Colônia Militar de Pimenteira, chefiados pelo eminente e velho General, foram extinguindo os remanescentes do caudilhismo e Pimenteira transformou-se numa região pacífica.

Somente em abril de 1869, pelo Decreto nº 4349, era declarada extinta a Corporação Militar de Pimenteira e, por determinação do Ministro da Guerra e do Ministro da Agricultura e Obras Públicas passou à administração da Província Pernambucana.

O então presidente da Província de Pernambuco, Doutor Manuel do Nascimento Portela, transformou aquele local em Colônia Agrícola Militar desde outubro de ano de 1870 e, continuou a existir como propriedade do Governo Pernambucano. O desenvolvimento da agricultura alcançara rápido progresso. Quando o Desembargador Henrique Pereira de Lucena, mais tarde Barão de Lucena, irmão benfeitor da Santa Casa de Misericórdia do Recife, sempre manteve os olhos voltados para aquela grandeza, que muito em breve como presidente da província de Pernambuco resolvera no dia 24 de março de 1873, transportar para aquela Colônia Agrícola de Pimenteira, o Colégio dos Órfãos da Santa Casa de Misericórdia do Recife.

O Barão de Lucena, que recebeu esse título por sua atuação parlamentar, presidiu a sessão legislativa que aboliu a escravatura ao aprovar a Lei Áurea. (Lei 3.353).

Colônia Orphanológica Izabel
A Excelente Administração dos Capuchinhos.

Grande foi à luta do Barão, para retirar o Colégio dos Órfãos, que desde 1863, funcionava no prédio da Rua da Glória nº 75, no Recife e, que somente pelo Ato Regulamentado de 14 de março de 1874 é que foi denominado como Colônia Industrial Orphanológica, foi uma glória para a antiga região que transformada em Colônia Orphanológica, iniciava uma nova fase de desenvolvimento. Vindo ao encontro do Barão de Lucena os desejos dos religiosos Capuchinhos que há muito, quando em suas andanças a pés naquelas regiões, detinham-se contemplando desejosos por adquirirem tão cobiçado edifício que media uma légua quadrada, com o intuito de fundarem um Orfanato.

O Barão de Lucena recebeu a solicitação dos Frades Capuchinhos, que atendendo aos seus altos propósitos, doou a esses religiosos a Colônia Agrícola, de acordo com a Lei Provincial nº 1053 de 06 de janeiro de 1872, constando na doação, matrículas anuais para 50 órfãos da Santa Casa de Misericórdia do Recife, com subvenção, desta Pia Instituição. Com a passagem à nova administração a Colônia Agrícola Industrial Orphanológia teve vultuoso impulso em todos os setores culturais e administrativos.

A Colônia teve regulamento dado pela Lei Provincial em 14 de março de 1874, e o território em que está situada, que segundo uma demarcação procedida no ano anterior, mede uma superfície de 43.360 metros quadrados, para semelhante fim, por Aviso de 18 de setembro de 1871. A esse território patrimonial da Colônia foram anexados as terras denominadas Fervedouro e Espelho, em virtude do Aviso do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas de 14 de dezembro de 1877, as quais foram convenientemente medidas e demarcadas pela Inspetoria Geral de Terras Públicas e uma sorte na propriedade Bálsamo, no valor de 2:000$000 Réis, doado pelo Padre Dr. Antônio da Cunha Figueiredo.

Da vida de Colônia até a sua conversão na Colônia Frei Caneca, a extinção desta, e o estabelecimento de um Instituto Orfanológico sob o título de São Joaquim, a cargo da Santa a Casa de Misericórdia do Recife, tratam particularmente os relatórios dos provedores da mesma Santa Casa apresentados à respectiva junta administrativa a partir de 1º de junho de 1878.

Com a vinda dos Capuchinhos para a Colônia, se caracterizou pela construção do prédio anexo à capela, pelo hábil arquiteto e construtor Frei Francisco Maria de Vicência, o mesmo que há poucos anos, tinha construído a bela Igreja da Penha. Os frades trabalharam com tanto ardor e desejo de vencerem, que na medida em que demoliam o velho quartel, iam de imediato substituindo-o por novas alvenarias com capacidade para um 1º andar, como também a belíssima Igreja em estilo toscano ao centro, cuja altura ultrapassava o respaldo do 1º andar.

A Honrosa Visita Imperial:

Em 1875 estava o novo edifício totalmente concluído e funcionando normalmente, até que em 1887, com a visita Régia do príncipe Gastão de Orleans, o Conde D’Eu e sua esposa, a Princesa Isabel, ao já famoso Colégio, o Frei Fidélis Maria de Fognano, seu primeiro e até então Diretor, combinou com seus irmãos da Ordem, para fazerem uma homenagem a Princesa, doando a nova denominação a Instituição de Colônia Orphanológica Isabel, como se comprova pelo Diploma dado aos órfãos pela grande benfeitora que foi a nossa Princesa.

O arquiteto Frei Francisco Maria de Vicência, construtor da Capela de Santa Isabel.

A Colônia teve na direção dos Frades Capuchinhos, um grande e rápido desenvolvimento, fomentaram grandes criações de gado, aves e suínos, desenvolveram grandemente a agricultura nos sítios da propriedade Pindoba e Marmota, nos quais haviam administradores e empregados fundaram um engenho de açúcar à margem esquerda do Rio Fervedouro para manutenção do Colégio, como também uma barragem, a qual fornecia água encanada, impulsionada por uma bomba hidráulica. Na agricultura, salientou-se o cultivo da cana-de-açúcar, do café, frutas regionais e o fabrico de farinha de mandioca.
A Direção da Colônia constituía-se da seguinte ordem:
Diretor: Frei Fidélis Maria de Fognano;

Ecônomo: Frei Antônio de Albano;
Mordomo: Frei João de S. Severino;

Secretário e Professor de Instrução Secundária: Dr. Orestes Formigli;

Professor de 1ªs Letras: Joaquim da Rocha Pereira;

Professor de 1ªs Letras: Firmino Farias e Silva;

Professor de Música: José Pereira de Mendonça

terça-feira, 10 de julho de 2012

Maraial


Saindo de Igarapeba e voltando à PE-126, chegamos à Maraial cerca de 16 km depois, sendo que 5 destes na via de acesso à cidade.
De pronto, pouco após o portal de entrada da cidade, vimos logo a mais bela e mais bem conservada construção da cidade, a Estação Ferroviária.
Observamos que a cidade, embora esteja bem acima do nível do rio que a corta, também foi atingida pelas cheias de 2010. Algumas construções, que sabe lá por qual razão, são construídas às margens do rio, com colunas que vêm de dentro deste para segurar seus alicerces, estavam destruídas ou em ruínas.
Á medida que vamos nos aproximando do litoral, as cidades vão perdendo aquele aspecto de "inocência" que tivemos o prazer de acompanhar nas cidades anteriores deste roteiro. E, Maraial, embora escondida nos meios dos morros da Zona da Mata, à 5 km da Rodovia, nos passou a impressão de sofrer influência sobretudo das cidades que margeiam o Grande Recife.
Apesar disso nos pareceu limpa e, de certa forma, até organizada, embora, não tenhamos encontrado nenhuma Igreja para fotografar. Isso porque sempre podemos ver o topo delas nas cidades pelas quais passamos, mas em Maraial isso não aconteceu. Os registros ficam, assim, para outra oportunidade.

Vista da Via de Acesso à cidade. Estação Ferroviária e Prefeitura.
Maraial nasceu como povoado, por volta de 1884, em razão da implantação da ferrovia, e, após ser vila subordinada a Palmares, passou a ser Município em 1928.
A origem do seu nome provém de duas histórias distintas: Pela primeira, seria proveniente da Família Maraia, que teria iniciado a provoação do local; e, outra seria em razão de o riacho que banha a cidade desemborcar no rio Pirangi, teria nas nascentes, palmeiras Marayal.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

-> Igarapeba

Igarapeba é um distrito de São Benedito do Sul, e fica a pouco mais de 6 km da sede do município, seguindo pela PE-126, sentido leste. Da PE-126 até o distrito, pegamos um acesso de 1 km, com calçamento e chegamos até a Estação Ferroviária, inaugurada em 1884, e à antiga ponte sobre o Rio Pirangi que dava acesso ao restante do povoado e foi destruída pelas cheias de 2010.
Sem a ponte e na falta de tempo, não registramos imagens das ruas e da Igreja, de perto. Mas, sabendo da reconstrução do acesso em 2012, possamos voltar para completar nossa tarefa. 

Um dos belos visuais da PE-126, Igarapeba vista da estrada de acesso ao distrito, Estação Ferroviária, Linha Férrea atingida pelas cheias de 2010.

Estação Ferroviária de Igarapeba, Rio Pirangi e Ponte destruída pelas cheias de 2010.

Curiosidades:
De Igarapeba, figuras de expressão internacional como Waldemar Lopes, um dos maiores sonetistas do País, que dá nome a uma praça na cidade do Porto em Portugal; Amauri de Medeiros, presidente da Academia Pernambucana de Letras; Grandes nomes do passado como: Alcides Lopes, Edmundo Gusmão que escreviam para um Jornal Local e correspondiam para o Jornal do Commercio de Recife.
Em 1998, os meninos matriculados na Fundação José Luiz da Silveira Barros receberam a visita do embaixador da Unicef, o ator inglês Roger Moore (o ex-agente secreto 007 dos filmes de ficção), que afirmou na ocasião se sentir encantado com o trabalho realizado com aquelas crianças, se referindo ao programa de erradicação do trabalho infantil. 

Igarapeba também serviu de cenário para o cinema brasileiro. Moradores atuaram como figurantes no filme História de Um Valente Homem Feito de Flôr a Ferro, que Narra A brava história de Gregório Bezerra.  

São Benedito do Sul

Saindo de Quipapá, cruzamos com a BR-104 (que corta pernambuco de Quipapá a Taquaritinga do Norte, passando por Caruaru), e iniciamos a PE-126, chegando a São Benedito do Sul, 11 km depois.
Logo na entrada do acesso da cidade, os dizeres indicam que aquela é uma cidade com potencial ecoturístico, com destaque para os rios e cachoeiras de águas cristalinas, e onde está instalada a famosa Fazenda Betânia.
Rua João Pessoa, com a Matriz ao fundo; Praça Caetano A de Aquino; Clube e Mercado Municipal.
A cidade em si segue o padrão das demais, com o caminho até o centro cheio de pequenas e bucólicas residências, uma praça (Pça. Caetano A. de Aquino) e uma igreja (Matriz de São Benedito) no centro, além do Mercado Público, o Clube Municipal e outros prédios importantes.
Seguindo a partir do centro, para o sul da cidade, pode-se encontrar a Estação Ferroviária local.

Igreja Matriz de São Benedito; Capela.

O povoamento da região de São Benedito do Sul foi povoada inicialmente pelos rebeldes ligados ao Quilombo dos Palmares, entre 1630 e 1697. E, a partir do final do século 18, Engenhos e Fazendas começaram a surgir no município que já foi chamado de Iraci, entre 1943 e 1963 (quando se emancipou).
Reza a lenda que um escravo morreu aos pés de um cafeeiro, e, após ser levado dali, seu corpo reapareceu no mesmo lugar. Em razão desse fenômeno construiu-se ali uma Igreja sob a invocação de São Benedito, o santo protetor dos negros.

domingo, 8 de julho de 2012

Quipapá

Depois de Canhotinho, voltamos à PE-177 e seguimos para Quipapá, a próxima cidade do roteiro que elaboramos.
No caminho, passamos pelo distrito de Pau Ferro, à beira da rodovia, onde registramos imagens de duas pequenas Igrejas. Contudo, a entrada para o distrito de Paquevira passou despercebida, então, perdemos de registar imagens do local e de sua Estação Ferroviária, a primeira com trilhos que veríamos pelo caminho.
Chegamos a entrar na via de acesso à Usina Água Branca, mas logo percebemos o equívoco e voltamos à PE-177. Minutos depois, o portal de entrada de Quipapá indicaria o via de acesso à cidade.
Estação Ferroviária de Quipapá.
Logo ao chegar à cidade, pudemos ver a grandiosa Estação Ferroviária local, que pelas sua características,  nos deu uma idéia do volume de pessoas e da importância da cidade a época dos trens de passageiros. Uma pena a construção estar sem a devida conservação, contudo, os trilhos estão limpos, o que nos deixou em dúvida quanto à utilização da linha.
Seguindo em frente, subimos a rua que dá acesso ao centro da cidade, onde se encontram imóveis antigos, uma espaçosa praça de eventos, a Prefeitura e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição.
Capela (sem identificação) e Igreja de Nossa Senhora do Rosário (ambas em Pau Ferro), Casa no centro de Quipapá e  Igreja de Nossa Senhora da Conceição

Conta a História que o município teve origem sua na povoação que se ergueu no local, concentrada em redor de pequena capela com homenagem a Nossa Senhora da Conceição de Quipapá.
Foi desbravado pelos anos de 1630 a 1697, trabalho realizado pelos negros foragidos, que faziam parte do Quilombo dos Palmares, ergueu-se oficialmente entre 1795 e 1796, quando o capitão Francisco Rodrigues de Melo junto a sua esposa, D. Ana Maria dos Prazeres, instalaram-se na Fazenda das Panelas, resultando no município do mesmo nome.
O distrito criado com o nome Quipapá, deu-se pela lei provincial número 432, de 23 de Junho de 1857, onde ficou sob pleito do município de Panelas.
Anos mais tarde, foi elevado à categoria de vila com a denominação somente de Quipapá (lei provincial nº 1402, de 12 de maio de 1879) e instalado em 18 de julho de 1879. A ascensão ao status de município, deu-se de forma definitiva, em 19 de maio de1900, pela Lei Estadual número 432, separando-se do município de Panelas (Número 54, de 23 de novembro de 1905, onde foi criado o distrito de Pau Ferro e anexado ao município de Quipapá.
Como divisão administrativa, o município é constituído de seis distritos: Quipapá, Barra de Jangada, Jurema, Pau Ferro, Queimadas e São Benedito, onbde mais tarde o distrito de Jurema é também elevado à categoria de município.
Em 1938, atravé do decreto-lei nº 235, de 9 de dezembro de 1938, o distrito de São Sebastião da Barra foi extinto, sendo seu território anexado ao distrito de Quipapá e São Benedito. Entre 1939 e 1943, o município é constituído de quatro distritos: Quipapá, Igarapeba, Pau Ferro e São Benedito.
Em 1963, desmembra-se do município de Quipapá os distritos de Iraci e Igarapeba, para formar o novo município de São Benedito do Sul, ex-Iraci. Neste sentido, a divisão territorial de 31 de dezembro de 1963, consta o município constituído apenas de 2 distritos: Quipapá e Pau Ferro. Assim permanecendo em divisão territorial até os dias atuais

sábado, 7 de julho de 2012

Canhotinho


Saindo de Angelim e seguindo pela PE-177, sentido leste, chegamos a Canhotinho, 12 km depois, entrando no primeiro acesso à cidade.
Seguindo por essa entrada, passamos por uma pracinha com um busto que não identificamos, e mais à frente por um lago particular, com alguns pedalinhos.
Capela de São Vicente de Paula, Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Praça  do Centro, Avenida bem tranquila.
Logo depois passamos pela Capela de São Vicente de Paula e seguimos para o centro, onde pudemos conferir a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, uma bela praça, o antigo prédio do Fórum e atual Prefeitura. Seguindo para a parte baixa em direção ao sul, chegamos à estação Ferroviária de Canhotinho, em bom estado de conservação bem próxima ao rio.
Estação Ferroviária de Canhotinho
Voltando ao centro, seguimos para a PE-177, passando pela rodoviária, que fica bem próxima ao centro da cidade.
Da saída da cidade, podemos seguir em frente para Lajedo, Calçados ou Jurema, mas seguimos à direita pela PE-177 no sentido de Quipapá.
Os registros das Igrejas de São Sebastião e de Santo Antônio ficam para uma próxima visita.

Sobre a História do Município, reiteramos o que já é consolidado em várias fontes:
O município instalou-se em terras pertencentes ao sr. Antônio Vieira de Melo, herdeiro de sesmaria doada ao seu pai, que tentou explorá-la desde 1690. Entretanto, os combates ao Quilombo dos Palmares retardaram o povoamento. Somente no fim do século XVIII e início do século XIX iniciou-se a colonização. Uma capela a São Sebastião foi construída no local pelo fazendeiro José das Neves Camelo em fins do século XVIII. Em 1850 iniciou-se a feira na região. Em 1885 foi inaugurada a Estrada de Ferro do São Francisco, consolidando o núcleo de povoamento local.
Segundo a tradição, o nome da cidade provém da existência de dois irmãos. Para diferenciá-los, o mais baixo ficou sendo chamado pelo apelido de Canhotinho e o outro, Canhoto. Para homenagear os seus primeiros moradores, o povoado ficou conhecido como Canhotinho e o rio que corta a cidade recebeu o nome de Canhoto.
Entretanto, o historiador Costa Porto observa uma referência ao rio Canhoto de 1791, por isso o primeiro povoado foi denominado Povoação da Volta (do rio), posteriormente Volta do Canhoto, e em fins do século XIX, Canhotinho.
A freguesia de Canhotinho foi criada pela Lei Provincial de nº 1.706, datada de 1 de julho de 1882. Poucos anos depois sua sede foi elevada à categoria de comarca por Decreto Estadual nº21, de 2 de outubro de 1980 quando foi desmembrado do Município de São Bento do Una.
A sua categoria de cidade foi efetivada a Lei Estadual de nº607, de 14 de maio de 1903. Constitui-se em município autônomo em 23 de Janeiro de 1893.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Angelim

De São João a Angelim, são cerca de 11 km, seguindo pela PE-177. A entrada da cidade é sinalizada e logo ao chegar à ela passamos por umas lojinhas de artesanato e miudezas que estavam fechadas, mas parecem bem organizadas.
No centro da cidade se encontra a Igreja Matriz de São Jose que tem uma pracinha em frente onde está a Cruz dos Rumos e a Imagem de São José. Seguindo a avenida em direção ao leste fomos observando as casas, até entrar em uma rua onde havia uma praça e a Capela de Nossa Senhora de Nazaré.

Rua por trás da Estação Ferroviária e Lojinhas na entrada da cidade.
Voltando em direção ao centro por uma paralela seguimos até a antiga Estação Ferroviária Sigismundo Gonçalves, que está em ótimo estado de conservação e atualmente abriga uma escola.
Por um equívoco não seguimos alguns metros à frente e deixamos de registrar imagens da Capela de São Luiz, bem como da Igreja de Nossa Senhora de Lourdes no Distrito de Quatro Bocas, ao sul de Angelim, seguindo pela PE-187.
Estação Ferroviária Sigismundo Gonçalves, Igreja Matriz de São José e  Capela de Nossa Senhora de Nazaré.
Pesquisamos um pouco sobre a cidade e descobrimos que o povoado de Angelim surgiu com a inauguração da Estação Ferroviária, pertencente à Great Western. E, como o trem era o que havia de mais moderno a época (e, até hoje possui muito mais vantagens que o transporte rodoviário), os agricultores e comerciantes se instalaram em seus arredores, sendo o nome da cidade, decorrente de um Angelim sob o qual era realizada uma feira semanal, na atual rua São José. 


quinta-feira, 5 de julho de 2012

São João

Saindo de Garanhuns, seguindo para o leste pela PE-177, em bom estado, demoramos cerca de 20 km para chegar à pequena São João.
Seguindo em direção ao centro, passamos por um belo açude e observamos a tranquilidade da cidade.
Avenida com o pátio de eventos e a estação ferroviária ao fundo.
No centro encontramos a Igreja de São João. e seguindo para a saída leste de volta à rodovia, passamos pela estação ferroviária e uma praça que provavelmente é o local de eventos da cidade.
Informações imprecisas colocam a cidade nascida a partir da Fazenda Burgos, e a construção da Capela à São João como determinante para a mudança do nome da fazenda e do então povoado. Mas o que certamente inpulsionou o crescimento da vila foi a inauguração da Estação Ferroviária em 1887. Se emancipou de Garanhuns em 1958.
Bela e conservada Estação Ferroviária de São João
Soubemos que há um Santuário particular dedicado à Santa Quitéria das Frexeiras, no povoado de Freixeiras 12 km ao sul da sede do município e que é um dos mais importantes centros de romarias do Nordeste e depositório do maior acervo de ex-votos do Estado, mas sem atuação da Igreja Católica há alguns anos.
Infelizmente não houve tempo de conhecer os demais atrativos divulgados pela Prefeitura Municipal, como a cachoeira dos Carvalhos, a bica do Sítio Matão, o mirante do Cruzeiro, a Casa de Farinha do Sítio Gambelo e a atividade artesanal, com trabalhos em couro, palha e cipó, além de bordados e colchas de retalho encontrados na Cooperativa Artesanal da Irmã Teresa. Fica para uma próxima oportunidade.
Segundo a Prefeitura, os principais eventos registrados no município são a Festa de Santa Quitéria (30 de agosto a 8 de setembro); a Festa de São João, padroeiro do município, e a Corrida da Fogueira (prova de pedestrianismo) - as duas últimas em junho.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Garanhuns

A "Cidade das Flores", como é popularmente conhecida em Pernambuco, terra natal do Ex-Presidente Lula e onde acontece o maior Festival de Inverno do estado, localiza-se a cerca de 228 km do Recife, no Planalto da Borborema, Agreste Meridional pernambucano.
Seja via Caruaru (BR-232), seja via Palmares (BR-101), a viagem do Recife à Garanhuns oferece belas paisagens da Zona da Mata e do Agreste de Pernambuco.
Na principal entrada da cidade, nos deparamos com o belo e moderno Portal, e, mais à frente,chegamos ao famoso Relógio das Flores, ao prédio da antiga Rádio Difusora, hoje, Rádio Jornal do Comércio, e também à sede e estádio da AGA, 2º Clube de Futebol de Garanhuns.
Relógio das Flores, Palácio Celso Galvão, Catedral de Santo Antônio e Portal de Garanhuns
Seguindo essa mesma avenida, que corta a cidade de leste a oeste e possui vários restaurantes e alguns hotéis, chegamos até o seu final, onde podemos escolher se seguirmos à direita, no acesso ao Cristo do Magano, ou à esquerda, descendo para o centro da cidade, onde se concentram grandes lojas, bancos, a imponente Prefeitura (Palácio Celso Galvão) e a Catedral de Santo Antônio. Descendo à direita um pouco antes da catedral, chegamos ao SESC Garanhuns e ao Parque Van der Linden.
Rádio Jornal, Parque Ruber Van Der Linden e Colunas Gregas
A pé, a partir do SESC, visitamos a Catedral, andamos pelo centro, observando a bela arquitetura da Prefeitura e do Palácio Episcopal, vimos o Espaço Cultural Luiz Jardim, ao ar livre, subimos um pouco até o Centro Cultural após uma breve passagem pela praça com as colunas gregas, logo em frente e ainda degustamos um café na Sete Colinas Chocolates da Av. Santo Antônio, no Centro.
Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti-Antiga Estação Ferroviária e a Praça Guadalajara, onde acontecem os maiores eventos da cidade
O SESC ofereceu um City Tour, e passamos novamente pela Catedral de Santo Antônio, Relógio das Flores, que estava no fim da tarde com uma pequena feirinha de mimos e a Rádio Jornal. Vimos também o famoso Hotel Tavares Correia e o antigo e desativado Hotel Monte Sinai, que foi o primeiro de Garanhuns.
Seguimos até o Santuário da Mãe Rainha, localizado em uma das 7 colinas que rodeiam a cidade.
Do belíssimo santuário se tem uma visão privilegiada de outras colinas, de grande parte da cidade e da cidade vizinha ao leste, São João. A capela fica aberta do dia todo e ainda há lanchonete e lojinha de artesanato.
  
Santuário da Mãe Rainha
 De lá, descemos a colina e chegamos à fabrica do Chocolate Sete Colinas (na realidade só na chocolateria),  na Av. Ernesto Dourado, Heliópolis, e, em frente à esta, se encontra a Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, conhecida também como a Igreja do Cuzcuz, em razão da sua arquitetura.
Seguimos então para o Castelo de João Capão, construído pelas mãos e pelos sonhos de João Capão, que desde criança queria ter um reino. O castelo é bem interessante, parece mesmo coisa das histórias da Idade Média e merecia se tornar patrimônio do município e receber recursos deste, coisa que não o é em razão de ser propriedade particular. Possui uma lojinha de artesanato e quase sempre a presença do "Rei" João Capão em carne e osso!

Castelo de João Capão, Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Sete Colinas Chocolates.
Após o castelo, seguimos pela avenida e passamos pela Praça Guadalajara, antigo pátio da Estação Ferroviária de Garanhuns, hoje, Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti, pelo Mosteiro de São Bento e finalizamos o passeio no Cristo do Magano, 2º ponto mais alto de Pernambuco, com 1000 metros de altitude, de onde pudemos ver toda Garanhuns, curtir o frio e belo pôr do sol do Agreste.

Cristo do Alto do Magano
Mapa turístico de Garanhuns: